Avançar para o conteúdo principal

Magellan 500. Aeroporto de Santarém quer receber até 100 milhões de passageiros por ano


Magellan 500. Aeroporto de Santarém quer receber até 100 milhões de passageiros por ano


 Projeto prevê construção de forma faseada em cinco etapas que permitirá alargar a capacidade da infraestrutura até aos 100 milhões de passageiros anuais e criar 170 mil postos de trabalho. Primeira fase custará mil milhões de euros.



Rute Simão


O projeto foi desenhado em segredo durante três anos, por um grupo de investidores privados. Depois de ter sido apresentado ao governo este ano e de ter recebido luz verde do executivo para integrar a lista das cinco hipóteses a entrar na discussão sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa, o Magellan 500 Airport, assim se chama o possível futuro aeroporto em Santarém, foi finalmente apresentada publicamente durante a conferência "Novo Aeroporto, Tempo de decidir", organizada pelo Centro Económico e Social (CES) em parceria com o Público.


E para colocar um ponto final na discussão sobre a principal crítica à infraestrutura - a distância da capital portuguesa - o gestor Carlos Brazão, um dos signatários da proposta criado por um consórcio de investidores, que integra também o grupo Barranqueiro, questionou a audiência:"Sabem quanto tempo demora o alfa-pendular entre Santarém e o Oriente?". Socorrendo-se de uma imagem da aplicação da CP, respondeu: "29 minutos".


O grupo de trabalho do projeto desenvolveu, em parceria com uma empresa internacional, um estudo com as previsões de tráfego para a região de Lisboa que apontam para uma procura de 100 milhões de passageiros em 40 anos. Por isso mesmo, a planificação do Magellan 500 é "flexível e escalável", elogia Carlos Brazão, que aponta cinco fases de construção, estando a primeira orçada em mil milhões de euros. "Parece-nos claro que, se queremos evitar continuar nos próximos 30 ou 40 anos a discutir aeroportos, como nos últimos 50, é, provavelmente, para estes níveis de procura que devemos trabalhar desde já", apontou. O novo aeroporto deverá criar 170 mil postos de trabalho diretos e indiretos.


A Fase 1 prevê a criação de uma pista e terminal inicial com capacidade para receber até 10 milhões de passageiros por ano. Nas Fases 2 e 2B a expansão do terminal permitirá acolher até 32 milhões de passageiros por ano. Já na Fase 3 é então construída uma nova pista e um novo terminal que amplia a capacidade para 55 milhões de passageiros anuais e na fase 4 o número aumenta para os 75 milhões por via de terminais satélite adicionais. Por fim, na última fase, será construída a terceira pista que permitirá atingir os 100 milhões de passageiros por ano.


O gestor refere que o novo aeroporto se situa "num nó de auto-estradas e ferrovias que serve não só Lisboa mas uma parte maior do território continental" e coloca "desde o primeiro dia mais de três milhões pessoas a 60 minutos" do aeroporto e 4,3 milhões de pessoas a 75 minutos da infraestrutura "sem custos públicos adicionais". O projeto deverá estar concluído "no final da década".


Carlos Brazão apontou ainda a sustentabilidade como outra das valências em destaque do projeto que foi "concebido por iniciativa privada, promovido fora da atual concessão, utilizando infraestruturas de acesso já existentes, de rápida implementação e entrada em funcionamento e flexível e escalável atendendo à procura para as próximas décadas, permitindo a promoção da coesão territorial".


Magellan 500. Aeroporto de Santarém quer receber até 100 milhões de passageiros por ano (dinheirovivo.pt)

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...