Avançar para o conteúdo principal

Turquia volta a ameaçar invadir ilhas gregas se Atenas não as desmilitarizar


Rome Med 2022, Mediterranean Dialogues annual high-level conference © Fornecido por Lusa


 Ancara, 07 dez 2022 (Lusa) – O chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, voltou hoje a ameaçar invadir ilhas gregas se Atenas continuar a recusar-se a desmilitarizá-las, como exige Ancara.


Cavusoglu - que chegou a ameaçar que as forças turcas poderiam "invadir repentinamente durante a noite" - avisou que Ancara também poderá "desafiar a soberania" grega com diferentes estratégias.


Questionado sobre a possibilidade de realizar exercícios militares nas ilhas de Rodes e Lesbos, Cavusoglu reafirmou que "a bola ficou do lado da Grécia".


As palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros turco foram pronunciadas durante um encontro com o seu homólogo romeno, Bogdan Aurescu, no qual afirmou que "Atenas é culpada pelo aumento de tensão" entre as partes.


"A Grécia está a tomar medidas contraproducentes para a sua segurança, apesar das circunstâncias. Está a militarizar as ilhas. Por isso, não é possível ficar em silêncio sobre esta questão. É a Grécia que está a violar as regras", sublinhou o chefe da diplomacia turca.


"É por isso que o nosso Presidente diz que podemos invadir a qualquer momento", explicou Cavusoglu, referindo-se a uma recente declaração de Recep Tayyip Erdogan.


Grécia e Turquia desde a década de 1970 que disputam territórios no Mar Egeu, tendo aumentado a tensão nos últimos anos, apesar dos esforços diplomáticos da União Europeia, bem como da NATO (a que ambos os países pertencem), que têm procurado evitar um confronto aberto entre os dois países.


Nos últimos meses, Ancara tem insistido na necessidade de Atenas desmilitarizar várias das ilhas, com insistentes ameaças de invasão militar desses territórios do Mar Egeu.


Turquia volta a ameaçar invadir ilhas gregas se Atenas não as desmilitarizar (msn.com)

Comentários

Notícias mais vistas:

EUA criticam prisão domiciliária de Bolsonaro e ameaçam responsabilizar envolvidos

 Numa ação imediatamente condenada pelos Estados Unidos, um juiz do Supremo Tribunal do Brasil ordenou a prisão domiciliária de Jair Bolsonaro por violação das "medidas preventivas" impostas antes do seu julgamento por uma alegada tentativa de golpe de Estado. Os EUA afirmam que o juiz está a tentar "silenciar a oposição", uma vez que o ex-presidente é acusado de violar a proibição imposta por receios de que possa fugir antes de se sentar no banco dos réus. Numa nota divulgada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos recorda que, apesar do juiz Alexandre de Morais "já ter sido sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia". Os Estados Unidos consideram que "impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público...

Aníbal Cavaco Silva

Diogo agostinho  Num país que está sem rumo, sem visão e sem estratégia, é bom recordar quem já teve essa capacidade aliada a outra, que não se consegue adquirir, a liderança. Com uma pandemia às costas, e um país político-mediático entretido a debater linhas vermelhas, o que vemos são medidas sem grande coerência e um rumo nada perceptível. No meio do caos, importa relembrar Aníbal Cavaco Silva. O político mais bem-sucedido eleitoralmente no Portugal democrático. Quatro vezes com mais de 50% dos votos, em tempos de poucas preocupações com a abstenção, deve querer dizer algo, apesar de hoje não ser muito popular elogiar Cavaco Silva. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa Democracia. Nem sempre concordei com tudo. É assim a vida, é quase impossível fazer tudo bem. Penso que tem responsabilidade na ascensão de António Guterres e José Sócrates ao cargo de Primeiro-Ministro, com enormes prejuízos económicos, financeiros e políticos para o país. Mas isso são outras ques...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...