Avançar para o conteúdo principal

Greenvolt quer beneficiar 250 mil pessoas até 2030 com "Comunidades Inclusivas"


 © Greenvolt


 Através de um programa lançado esta segunda-feira, energética prevê criar condições para que IPSS e ONG reduzam fatura de energia com produção de renováveis e partilhem ganhos com famílias em situação de pobreza energética.


José Varela Rodrigues


A Greenvolt apresentou esta segunda-feira o programa "Comunidades Inclusivas", que prevê que entidades do setor social consigam reduzir os custos com a energia, através da produção e autoconsumo de energia a partir de fontes renováveis cujo excedente energético será entregue a iniciativas de ação social na comunidade local. A empresa prevê beneficiar 250 mil pessoas até 2030.


O programa foi lançado com o mote "servir quem ajuda o outro" em Cascais, concelho que acolhe o primeiro caso deste programa. O programa será executado através da Energia Unida, empresa do grupo Greenvolt, que é liderado por João Manso Neto.


"O grupo pretende criar comunidades de energia com condições especiais, assegurando que possam gastar menos na eletricidade através do autoconsumo de energia e alocar esse dinheiro à sua ação social. A parte da energia que não é consumida pelas instituições sociais será partilhada gratuitamente com pessoas em situação de pobreza energética, que vivam perto dessas instituições, permitindo que as mesmas reduzam ainda mais a sua fatura de energia", lê-se num comunicado enviado à imprensa.


Para o efeito, a Energia Unida já estabeleceu condições especiais de acesso ao programa para as instituições sociais, que passam pela "oferta da avaliação, desenvolvimento e acompanhamento do projeto, redução substancial dos custos de criação da comunidade e dos custos de operação e manutenção".


Estes benefícios somam-se à redução de cerca de 50% da fatura de eletricidade da instituição, partilha de 50% do excedente de energia de forma gratuita com os beneficiários de tarifa social, mantendo-se a liberdade de escolher no futuro o comercializador de eletricidade.


Na apresentação do programa, João Manso Neto sublinhou o facto de se avançar com um projeto sem qualquer apoio estatal. "Não precisamos de subsídios para este projeto", disse, notando que apenas é necessário que as autarquias e as empresas estejam disponíveis e interessadas.


A primeira comunidade inclusiva surge em Cascais, devido a uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia. O primeiro "epicentro" será a creche de Bicesse, onde serão instalados painéis solares, com uma capacidade instalada de 73 quilowatt-pico (kwp, ou seja, capacidade máxima de energia produzida). A energética assegura que os painéis fotovoltaicos permitirão "reduzir em 50% a dependência" da creche à energia da rede, reduzindo os custos diurnos "em mais de 50%". Espera-se que "até 60 pessoas em situação de pobreza energética, possam beneficiar do excedente de produção não consumido pela instituição".


De acordo com José Queirós de Almeida, presidente executivo da Energia Unida, no caso de Bicesse, o projeto estará pronto "até ao final do ano".


O gestor indicou, ainda, que para futuros casos os valores praticados serão avaliados"caso a caso", salvaguardando que haverá reduções nas faturas da energia. A tarifa solar é fixada por um mínimo de 15 anos, não estando o programa "fechado aos casos que já recorrem a painéis solares".


Este programa continuará disponível para outras regiões e outras empresas interessadas, sendo a adesão gratuita (ver aqui). De acordo com a Greenvolt, estão elegíveis para o programa "Comunidades Inclusivas" as Instituições Particulares de Solidariedade Social, Misericórdias (IPSS), cooperativas culturais, institutos, fundações e associações de atividades culturais, museus, bibliotecas, arquivos históricos e organizações não-governamentais.


Na apresentação do programa, também usou a palavra Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, lembrando que o município também tem em curso o projeto "Cascais Smart Pole", da responsabilidade da Faculdade Nova SBE (School of Business and Economics), que prevê produzir cerca de 500 quilowatt-hora, devendo estar concluído no primeiro semestre de 2023.


Numa fase menos avançada está a colocação de painéis solares em 22 edifícios municipais também para produção e partilha ou venda de energia excedente.


Greenvolt quer beneficiar 250 mil pessoas até 2030 com ″Comunidades Inclusivas″ (dinheirovivo.pt)

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

A Fusão Nuclear deu um rude golpe com o assassínio de Nuno Loureiro

“Como um todo, a fusão nuclear é uma área muito vasta. Não é a morte de um cientista que impedirá o progresso, mas é um abalo e uma enorme perda para a comunidade científica, Nuno Loureiro deu contributos muito importantes para a compreensão da turbulência em plasmas de fusão nuclear” diz Bruno Soares Gonçalves , presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST . O que é a fusão nuclear e por que razão o cientista português do MIT assassinado nos EUA dizia que “mudará a História da humanidade” “Os próximos anos serão   emocionante s   para nós e para a fusão nuclear.  É o início de uma nova era” . As palavras são de Nuno Loureiro e foram escrit as em 2024 . A 1 de maio desse ano, o   cientista português   assumi a   a direção do Centro de Ciência e Fusão de Plasma (PSFC) , um dos maiores   laboratórios  do Massachussetts   Institute   of   Technology ( MIT) . A seu cargo tinha   250   investigadores , funcionário...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...