Avançar para o conteúdo principal

CUF e Luz Saúde podem vir a suspender acordo com ADSE

Privados estão a preparar a suspensão da ADSE. A partir de Abril utentes vão ter de pagar 100% das consultas e cirurgias e pedir reembolso, avança o Expresso. ADSE diz que não foi avisada.

Em causa estão 38 milhões de euros que foram exigidos pela ADSE aos privados
Manuel Almeida/LUSA

Dois dos maiores grupos privados de saúde em Portugal estão a preparar-se para suspender a convenção com o subsistema de saúde dos funcionários públicos, a ADSE, avança o Expresso. A decisão deve ser feita em abril e vai obrigar os beneficiários a ter de pagar a 100% as consultas e cirurgias e, posteriormente, pedir à ADSE o reembolso. A ADSE diz que notícia “não tem fundamento” e que, se tal vier a acontecer, “vai fazer novas convenções com outros prestadores”.

O mesmo jornal avança que todos os tratamentos em curso e as consultas e cirurgias já agendadas vão ainda ser cobradas de acordo com os antigos acordos. Em causa estão 38 milhões de euros cobrados a mais pelos privados e que a ADSE exigiu de volta no final de 2018. Este montante é referente a excessos de faturação detetados nas contas de 2015 e 2016.


Outros grupos, como o Grupo Hospitalar Particular do Algarve e o Grupo Trofa Saúde devem tomar medidas semelhantes. O Observador tentou contactar a José de Mello Saúde com mais informações sobre esta possível medida, mas até ao momento não obteve resposta.

O número de beneficiários da ADSE é de cerca de 1,2 milhões de pessoas. A questão do cancelamento de convenções com este subsistema de saúde por parte dos privados já tinha sido falada em dezembro quando a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada pediu ao Governo que fosse anulado o pedido dos 38 milhões de euros de excesso de faturação.

A ADSE ainda não foi notificada de qualquer decisão que os privados queiram tomar, disse a entidade em comunicado, citado pelo Jornal de Negócios. Recentemente, o Público noticiou que o grupo José de Mello Saúde suspendeu uma convenção que tinha com uma entidade do Estado, o IASFA – Instituto de Acção Social das Forças Armadas. Em causa, está o “incumprimento contratual” por parte desta entidade, tinha afirmado o grupo de saúde privado.

A ADSE comunica aos seus beneficiários que a notícia publicada no Expresso sobre a denúncia das convenções dos grandes grupos privados não tem fundamento. Existem prazos contratuais que constam das convenções que têm que ser cumpridos quando se procede à denuncia de uma convenção. A ADSE não recebeu, formalmente, de nenhum destes grupos a comunicação da denúncia ou resolução das convenções em vigor”, afirma a ADSE em comunicado

https://observador.pt/2019/02/06/cuf-e-luz-saude-podem-vir-a-suspender-acordo-com-adse/

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...