Avançar para o conteúdo principal

Apenas duas organizações podem ter roubado US$ 1 bilhão em criptomoedas

De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal, apenas duas organizações criminosas podem ser responsáveis pelo roubo de US$ 1 bilhão em criptomoedas. Isso é o equivalente a, no mínimo, 60 por cento de toda a quantia (em dólares) que já foi desviada (e reportada publicamente) por grupos hackers, desde o surgimento dessas moedas até os dias de hoje.

A Chainalysis, desenvolvedora de software para rastreamento de transações com moedas virtuais, realizou uma investigação que levou três meses, na qual toda uma rede de transações foi analisada. Segundo a Chainalysis, as duas organizações, apelidadas de Alpha e Beta, ainda podem estar ativas, sendo que a Alpha é substancialmente maior que a Beta.

A investigação da Chainalysis concluiu que a Alpha é rigidamente controlada, com procedimentos metódicos e nem sempre suas ações possuem foco no lucro. Já a Beta parece ser menos organizada, altamente centrada em converter seus ataques em dinheiro e sem muita preocupação em apagar seus vestígios.

Algumas semelhanças entre as organizações:
Trabalham em grande escala;
Média de US$ 90 milhões de ação ilícita;
Média de 5 mil transferências de criptomoedas entre carteiras antes de realizar o saque.
Algumas diferenças:
Alpha – Costuma sacar em menos tempo que a Beta; inicia as transferências entre contas de forma imediata; uma das ações chegou a envolver 15 mil transferências, com três quartos da quantia em moedas sendo sacadas em dólar em uma média de 30 dias;

Beta – Pode manter as criptomoedas por até 18 meses antes de sacar, aguardando a mídia parar de falar sobre o assunto; agem rapidamente, atacando exchanges e retirando mais da metade das criptomoedas em apenas alguns dias.

O WSJ já tinha afirmado, em 2018, que as exchanges, apesar de funcionarem de forma parecidas com as bolsas de valores, são muito mais suscetíveis a ataques, já que elas armazenam as carteiras dos clientes, e, consequente, todas as moedas que a eles pertencem.

Segundo Robert Statica, presidente da empresa de segurança cibernética BLAKFX, é relativamente fácil hackear uma exchange e, quando isso acontece, os criminosos têm à sua disposição tudo o que estiver guardado nas carteiras dos usuários.

Também em 2018, o MIT Technology Review mostrou um relatório do Escritório da Procuradoria Geral de Nova Iorque, que expõe várias falhas de segurança, além de falta de transparência e métodos de procedência duvidosa envolvendo 10 das mais populares exchanges dos EUA.

Dada a complexidade dos dados investigados pela Chainalysis, a empresa deixou claro ao WSJ que sua análise pode estar imprecisa.

https://www.tecmundo.com.br/mercado/138309-duas-organizacoes-ter-roubado-us-1-bilhao-criptomoedas.htm

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di