Com 2 telescópios de apenas 11 polegadas no telhado de uma escola, Astrónomos descobrem “embrião” de planeta no Sistema Solar
Astrónomos no Japão encontraram um corpo celestial com 1,3 quilómetros de rádio no limite do Sistema Solar. O objeto era desconhecido à ciência até agora.
É um dos talvez mil milhões de minúsculos objetos que se prevê existirem há mais de 70 anos, mas até agora não detetados, e acredita-se que este Objeto da Cintura de Kuiper (KBO) do tamanho de um quilómetro é evidência de um estágio crucial na formação de planetas.
Os astrónomos descobriram o corpo celeste com recurso a dois pequenos telescópios de 11 polegadas no telhado de uma escola na ilha de Miyako, no sul do Japão. “É uma verdadeira vitória para projetos pequenos”, disse Ko Arimatsu, que liderou o estudo publicado na revista Nature Astronomy.
“A nossa equipa tinha menos de 0,3% do orçamento dos grandes projetos internacionais e pensámos que não tínhamos dinheiro suficiente para construir uma segunda cúpula para proteger o nosso segundo telescópio. Ainda assim conseguimos fazer uma descoberta que é impossível para os grandes projetos“.
O corpo foi encontrado além da órbita de Neptuno, na Cintura de Kuiper, uma região em forma de disco em redor do distante Sistema Solar externo que se acredita ser povoada por objetos e cometas gelados.
A importância desta descoberta reside no facto de que se acredita que este objeto represente os remanescentes da formação do Sistema Solar há cerca de 4,6 mil milhões de anos. Isto é do interesse dos astrónomos, que ainda estão a tentar entender como o Sistema Solar se originou.
Tendo fotografado o anão Plutão em 2014, a espaço-nave New Horizons da NASA acaba de fotografar a MU69 de 30 quilómetros de largura de 2014, apelidada de Ultima Thule. Este novo e muito menor objeto poderia ser um estágio inicial do processo de formação do planeta entre pequenas combinações iniciais de poeira, gelo e planetas.
O corpo foi encontrado através da ocultação, a mesma técnica usada para encontrar muitos exoplanetas em sistemas distantes. Os KBOs de um quilómetro de raio são muito pequenos, escuros e distantes para serem vistos diretamente por enormes telescópios.
Por isso, os astrónomos do Observatório Astronómico Nacional do Japão decidiram usar o método de ocultação. Em vez de procurar um objeto diretamente, monitorizaram um grande número de estrelas e observaram a sombra de um objeto a passar na frente de uma dessas estrelas.
A equipa colocou dois pequenos telescópios e monitorizou aproximadamente duas mil estrelas num total de 60 horas. O resultado foi uma estrela a escurecer, um evento consistente com uma estrela a ser ocultada por um KBO com um raio de 1,3 quilómetros.
A deteção de um KBO tão pequeno indica que estes objetos são mais numerosos do que se pensava anteriormente. A equipa afirma que a sua investigação apoia modelos em que os “planetesimais” (um minúsculo planeta) crescem lentamente para objetos do tamanho de quilómetros. Depois, o crescimento desenfreado faz com se fundam em planetas.
“Agora que sabemos que o nosso sistema funciona, investigaremos a Cintura de Kuiper com mais detalhe”, disse Arimatsu. “Também estamos de olho na ainda não descoberta Nuvem de Oort“.
Acredita-se que a Nuvem de Oort, uma concha esférica teorizada de objetos gelados nos confins mais distantes do Sistema Solar, é o local de onde vêm os planetesimais e os cometas.
https://zap.aeiou.pt/embriao-planeta-sistema-solar-238295
Astrónomos no Japão encontraram um corpo celestial com 1,3 quilómetros de rádio no limite do Sistema Solar. O objeto era desconhecido à ciência até agora.
É um dos talvez mil milhões de minúsculos objetos que se prevê existirem há mais de 70 anos, mas até agora não detetados, e acredita-se que este Objeto da Cintura de Kuiper (KBO) do tamanho de um quilómetro é evidência de um estágio crucial na formação de planetas.
Os astrónomos descobriram o corpo celeste com recurso a dois pequenos telescópios de 11 polegadas no telhado de uma escola na ilha de Miyako, no sul do Japão. “É uma verdadeira vitória para projetos pequenos”, disse Ko Arimatsu, que liderou o estudo publicado na revista Nature Astronomy.
“A nossa equipa tinha menos de 0,3% do orçamento dos grandes projetos internacionais e pensámos que não tínhamos dinheiro suficiente para construir uma segunda cúpula para proteger o nosso segundo telescópio. Ainda assim conseguimos fazer uma descoberta que é impossível para os grandes projetos“.
O corpo foi encontrado além da órbita de Neptuno, na Cintura de Kuiper, uma região em forma de disco em redor do distante Sistema Solar externo que se acredita ser povoada por objetos e cometas gelados.
A importância desta descoberta reside no facto de que se acredita que este objeto represente os remanescentes da formação do Sistema Solar há cerca de 4,6 mil milhões de anos. Isto é do interesse dos astrónomos, que ainda estão a tentar entender como o Sistema Solar se originou.
Tendo fotografado o anão Plutão em 2014, a espaço-nave New Horizons da NASA acaba de fotografar a MU69 de 30 quilómetros de largura de 2014, apelidada de Ultima Thule. Este novo e muito menor objeto poderia ser um estágio inicial do processo de formação do planeta entre pequenas combinações iniciais de poeira, gelo e planetas.
O corpo foi encontrado através da ocultação, a mesma técnica usada para encontrar muitos exoplanetas em sistemas distantes. Os KBOs de um quilómetro de raio são muito pequenos, escuros e distantes para serem vistos diretamente por enormes telescópios.
Por isso, os astrónomos do Observatório Astronómico Nacional do Japão decidiram usar o método de ocultação. Em vez de procurar um objeto diretamente, monitorizaram um grande número de estrelas e observaram a sombra de um objeto a passar na frente de uma dessas estrelas.
A equipa colocou dois pequenos telescópios e monitorizou aproximadamente duas mil estrelas num total de 60 horas. O resultado foi uma estrela a escurecer, um evento consistente com uma estrela a ser ocultada por um KBO com um raio de 1,3 quilómetros.
A deteção de um KBO tão pequeno indica que estes objetos são mais numerosos do que se pensava anteriormente. A equipa afirma que a sua investigação apoia modelos em que os “planetesimais” (um minúsculo planeta) crescem lentamente para objetos do tamanho de quilómetros. Depois, o crescimento desenfreado faz com se fundam em planetas.
“Agora que sabemos que o nosso sistema funciona, investigaremos a Cintura de Kuiper com mais detalhe”, disse Arimatsu. “Também estamos de olho na ainda não descoberta Nuvem de Oort“.
Acredita-se que a Nuvem de Oort, uma concha esférica teorizada de objetos gelados nos confins mais distantes do Sistema Solar, é o local de onde vêm os planetesimais e os cometas.
https://zap.aeiou.pt/embriao-planeta-sistema-solar-238295
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