O PoSAT-2, que custou cerca de um milhão de euros, será enviado para o espaço a bordo do foguetão Falcon 9, da empresa norte-americana SpaceX, e ficará posicionado numa órbita baixa, a cerca de 500 quilómetros de altitude da Terra, acima da Estação Espacial Internacional, a "casa" e laboratório dos astronautas.
A empresa portuguesa LusoSpace apresenta hoje o primeiro de uma constelação de 12 microssatélites para monitorização do tráfego marítimo, o PoSAT-2, totalmente construído nas suas instalações, em Lisboa, e que será enviado para o espaço em outubro.
O diretor-executivo da LusoSpace, Ivo Yves Vieira, disse à Lusa que o PoSAT-2 vai permitir receber dados sobre a localização de navios e ter um novo sistema de comunicação que possibilitará que, no meio do oceano, as embarcações possam, nomeadamente, receber alertas de mau tempo ou de possíveis ameaças de piratas e enviar mensagens de socorro.
O PoSAT-2, que custou cerca de um milhão de euros, será enviado para o espaço a bordo do foguetão Falcon 9, da empresa norte-americana SpaceX, e ficará posicionado numa órbita baixa, a cerca de 500 quilómetros de altitude da Terra, acima da Estação Espacial Internacional, a "casa" e laboratório dos astronautas.
Os primeiros dados são esperados em novembro, adiantou Ivo Yves Vieira, cuja empresa de engenharia aeroespacial quis com a escolha do nome PoSAT-2 prestar "um tributo" ao PoSAT-1, o primeiro satélite português lançado para o espaço, em 1993, e "às pessoas que o levaram para a frente".
"Eu próprio participei no PoSAT-1. Foi graças ao PoSAT-1 que entrei na área do espaço. Foi graças a esse satélite que aprendi muita coisa sobre o espaço. O PoSAT-2 não tem nada de similar ao PoSAT-1, mas é o primeiro satélite que a LusoSpace, da qual sou fundador, produziu e vai lançar. A LusoSpace não existiria se não tivesse havido o PoSAT-1", assinalou o diretor-executivo da LusoSpace.
A constelação de microssatélites ficará completa em 2025 com o lançamento dos restantes 11 engenhos, envolvendo a participação de outras empresas do setor, e tem um custo total de cerca de 20 milhões de euros, comparticipado em 10 milhões pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no quadro da "Agenda New Space Portugal", que "visa transformar o perfil de especialização do setor espacial português com novos produtos e serviços inovadores, exportáveis e de maior complexidade tecnológica".
Segundo declarações anteriores de Ivo Yves Vieira, pequenos satélites como estes vão ser úteis no futuro para a navegação marítima autónoma.
Se tudo correr conforme o previsto, o PoSAT-2 será o terceiro satélite português a ser enviado este ano para o espaço, depois dos nanossatélites ISTSat-1, na semana passada, e Aeros MH-1, em março, e o quarto satélite, depois do microssatélite PoSAT-1, em 1993.
Na sessão de apresentação de hoje, na sede da LusoSpace, em Lisboa, é esperada a presença do físico e engenheiro Carvalho Rodrigues, "pai" do primeiro satélite português.
LusoSpace apresenta microssatélite PoSAT-2 a lançar em outubro (dinheirovivo.pt)
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