Eis o argumento de peso que o Executivo irá esgrimir quando voltar a sentar-se à mesa com as forças de segurança, na próxima terça-feira, para retomarem as negociações sobre o subsídio de risco, revela o jornal Público.
Depois de o primeiro-ministro ter feito um ultimato aos representantes dos polícias, avisando não somar "nem mais um cêntimo" ao aumento faseado de 300 euros mensais, números internos com que o Governo tem trabalhado mostram que este valor (pago em 14 vezes) propostos a 50 mil profissionais das forças de segurança assegura a estes funcionários públicos um ganho anual 200 euros superior ao obtido pelos professores no acordo firmado com o Executivo para a recuperação do tempo de serviço congelado.
A notícia que faz manchete do jornal Público avança que, feitas as contas, de acordo com a proposta governamental para as forças de segurança, o aumento de 300 euros mensais para 50 mil profissionais corresponde a um reforço de 4.200 euros brutos do seu rendimento anual, enquanto o acordo fechado para recuperar o tempo de serviço de cerca de 100 mil docentes garante um ganho anual bruto médio de 4.000 euros a cada professor abrangido.
"Assim, em média, cada guarda ou polícia levaria para casa mais 200 euros do que cada professor abrangido pela recuperação levará tendo em conta o acordo que alcançado entre Governo e sete das 12 estruturas representativas da classe docente", conclui o Público, considerando que "este será um argumento de peso que o executivo irá esgrimir nas conversações vindouras com as forças de segurança".
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