Avançar para o conteúdo principal

Jovem foi 11 vezes ao hospital e morreu com cancro não diagnosticado. Tribunal decide indemnização mais de uma década depois



 O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Penafiel vai decidir se o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, que integra o hospital de Penafiel, deve uma indemnização de 530 mil euros à família de Sara Moreira, que faleceu há mais de 11 anos com um tumor cerebral nunca diagnosticado nas 11 vezes em que a jovem passou pelas urgências do Hospital Padre Américo.


De acordo com o ‘Jornal de Notícias’, os clínicos em questão já foram absolvidos de violar a ‘legis artis’, em julho de 2019 – no entanto, a advogada Conceição Ruão acredita que todos os médicos responsáveis pela observação falharam com Sara Moreira. “Não há no processo uma única evidência” de que os clínicos tenham “tentado perceber as causas do estado de ansiedade”. “Os médicos ignoraram as suas queixas e não lhe prestaram a assistência a que tinha direito”, relatou a advogada, nas alegações finais.


Segundo a especialista, “a Sara podia ter sido salva” com aplicação de tratamento adequado. “Não haveria nenhum médico que não fizesse o exame que faltou à Sara se se tratasse de um filho ou neto seu. A Sara, onde quer que esteja, espera que se faça justiça para ter paz”, sublinhou.


Posição contrária tem Maria de Fátima Mendes, advogada do CHTS. “Não era exigível aos arguidos que tivessem feito mais do que fizeram”, defendeu, salientando que se alguém poderia ter prescrito exames para diagnosticar o tumor teria sido a médica do centro de saúde, onde Sara foi observada 18 vezes. “A médica que mais conhecia a Sara viu sempre uma menina ansiosa”, frisou.


Jovem foi 11 vezes ao hospital e morreu com cancro não diagnosticado. Tribunal decide indemnização mais de uma década depois – Executive Digest (sapo.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di