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Os 15 bairros mais perigosos de Portugal



 Localizam-se sobretudo nas periferias de grandes cidades como Lisboa e Portugal e são os bairros mais perigosos de Portugal. Conheça-os melhor.

 

Estes são os bairros mais perigosos de Portugal e, infelizmente, a situação parece não melhorar. São os bairros mais problemáticos de Portugal e situam-se na periferia das grandes cidades e neles abundam os problemas sociais e a criminalidade, sobretudo praticada por gangues de jovens. As autarquias têm apostado no apoio social e na inclusão dos seus habitantes, mas muito há ainda para fazer.


A existência destes bairros faz com que existem zonas a evitar em Lisboa e no Porto (e nas suas áreas metropolitanas, ou seja, na periferia de Lisboa e do Porto). Muitos destes bairros são os designados “bairros sociais”, ou seja, bairros que foram construídos para realojar pessoas que viviam anteriormente em bairros de lata (favelas) ou em barracas.


No entanto, importa ressalvar que, mesmo sendo alguns dos locais mais problemáticos das áreas urbanas de Lisboa e do Porto, aqui também moram boas pessoas, trabalhadoras e cumpridoras das regras cívicas mais elementares e que não devem ser confundidas com quem, efetivamente, comete crimes e causa problemas. Descubra os 15 bairros mais perigosos de Portugal.


1. Bairro da Bela Vista (Setúbal)


Os primeiros realojamentos de famílias residentes em barracas e de refugiados das ex-colónias datam de 1980. O bairro tem sido palco de vários desacatos. A 7 de Maio de 2009 voltou a ficar a ferro e fogo quando os moradores se revoltaram contra a PSP, após o funeral de um amigo, morto a tiro pela GNR.


A Câmara de Setúbal disse, depois, que quer desmantelar o bairro. Agora, o Sindicato Profissional da Polícia juntou-se ao Centro Cultural Africano e aos Sapadores Bombeiros para criarem um gabinete de gestão de conflitos.


2. Chelas (Lisboa)


Notícias de tiroteios, perseguições de última hora, agressões à polícia e nas escolas. É assim que Chelas é apresentada nos telejornais e nas manchetes dos jornais portugueses. Um antro de violência a menos de dez estações de metro ou 15 minutos de carro da Praça do Comércio, onde turistas queimados pelo sol bebem gins tónicos e comem petiscos “portugueses” de óculos escuros na cara.


Para muita gente, Chelas é só mais um “bairro periférico”. Mas o estatuto de periferia é uma decisão política – Chelas não é mais longe da Praça do Comércio do que as Amoreiras, o Areeiro, Campo de Ourique, Campolide, Parque das Nações ou Alcântara. Ainda assim, taxistas não conduzem para o bairro, pizzarias recusam-se a levar lá comida.


3. Bairro da Jamaica (Seixal)


A Urbanização do Vale de Chícharos no Seixal, concelho do distrito de Setúbal (Grande Lisboa), acolhe, na sua maioria, imigrantes dos países africanos de língua portuguesa. Há quem viva no bairro há mais de 20 anos. Os prédios inacabados, propriedade da Urbangol, uma sociedade sedeada num paraíso fiscal com dívidas ao fisco, foram ocupados por pessoas de baixa renda que não tinham condições para comprar uma casa. Aguardam, ao longo destes anos, pela promessa de realojamento por parte da autarquia local.


Por uma das entradas do Jamaica, os visitantes são recebidos por estes murais pintados na parede que cerca a instalação de transformadores da EDP, Energias de Portugal. As pinturas expõem os sentimentos de mudança e a visão do mundo por parte dos artistas que aspiram viver em um bairro melhor.


4. Bairro Amarelo (Almada)


Também conhecido pelo Bairro do Picapau Amarelo, na outra banda, perto da Costa de Caparica, este aglomerado de casas e prédios tem sido muitas vezes cenário de reportagens pelos piores motivos. Alguns realojamentos feitos sem planeamento prévio têm gerado conflitos entre vizinhos e famílias realojadas.


Não é fácil o convívio em bairros sociais, especialmente quando as pessoas chegam às casas que lhes foram atribuídas sem as suas necessidades básicas terem sido devidamente acauteladas.


5. Bairro Portugal Novo (Lisboa)


Construído na década de 70 por uma cooperativa de habitação (ex-SAAL ou “Serviço Ambulatório de Apoio Local”), entretanto falida, este bairro situa-se perto da Rotunda das Olaias e está hoje numa situação confusa no que respeita à propriedade das habitações apresentando hoje um elevado grau de degradação e abandono. Ocupações de casas, arrombamentos seguidos de ocupação de casas de idosos recentemente falecidos, vendas e alugueres ilegais e até empréstimos com agiotagem são hoje comuns.


Está tudo chamuscado de pequenas fogueiras junto das empenas dos prédios e nas entradas. Não existe um canteiro, um parque para as crianças brincarem, uma bica de água, um banco na sombra de uma árvore. O que há são janelas e portas entaipadas ou completamente destruídas, lixo espalhado por ruas que nem ruas são. Dura isto há vinte anos.


6. Bairro Pinheiro Torres (Porto)


Assumiu nos últimos anos um novo protagonismo, com o tráfico de droga a ser o maior flagelo. As autoridades referem que é um dos principais focos de criminalidade da cidade. Já houve homicídios, em 2008, motivados por confrontos motivados por tráfico de droga.


7. Bairro Quinta da Fonte (Loures)


É um bairro de construção clandestina que recebeu, depois de 1977, muitas pessoas que viviam em bairros de lata na área de Lisboa e arredores. Trata-se de um bairro jovem: cerca de 50% dos seus habitantes têm menos de 20 anos. A grande maioria é de origem africana: 75% são cabo-verdianos, mas há também guineenses e angolanos.


Nos últimos anos, trabalhadores dos países de leste também encontram abrigo no bairro. Quanto a portugueses são essencialmente oriundos do interior do País. Bairro de má fama, foi palco de vários confrontos violentos entre polícia e traficantes. A maioria da população activa masculina trabalha na construção civil (44,5%). As mulheres trabalham essencialmente no serviço doméstico e de limpeza.


8. Quinta do Mocho (Loures)

A ocupação do bairro começou na década de 70, com imigrantes das antigas colónias. Hoje, 90% dos habitantes são de origem africana. Em Agosto de 2008, um tiroteio entre dois gangues rivais originou a morte de um rapaz de cerca de 20 anos.


9. Bairro do Cerco (Porto)


É o segundo maior bairro do Porto, com muitos problemas de crime e toxicodependência. Recebeu parte da população desalojada pela demolição do bairro de São João de Deus. Roubos e apreensões de armas são habituais. Existe um Contrato Local de Segurança, que ontem inaugurou o seu espaço no bairro.


10. Quinta da Princesa (Seixal)


Inaugurada há cerca de 30 anos, a Quinta da Princesa é um bairro social onde várias raças se cruzam, sendo a esmagadora maioria de origem africana. A 10 de Dezembro de 2008 o bairro foi notícia porque alguns moradores mantiveram presos cinco rivais da Cova da Moura, guardados por cães de raça ‘pit bull’. O caso, conhecido como “Cárcere Privado”, resultou de um ajuste de contas por alegados negócios de tráfico de droga mal sucedidos em 2006.


11. Cova da Moura (Amadora)


A ocupação maciça aconteceu em 1977. 75% da população é cabo-verdiana. O bairro, de construção clandestina, tem uma população jovem. É conhecido pelas ligações ao tráfico de droga e de armas, e relatórios associam-no a muita da criminalidade violenta verificada em Lisboa.


12. Bairro Branco (Almada)


No aglomerado de habitação social no Monte de Caparica (Almada), o chamado Bairro Branco é identificado pela população como um local pouco seguro. Os prédios pintados de branco, pouco cuidados, não convidam à permanência.


O tráfico de droga é um dos crimes mais frequentes, mas também há relatos de furtos de carros e lutas ilegais de cães. A esquadra mais perto fica no Pragal. Está prevista a construção, no Monte de Caparica, de um posto da GNR.


13. 6 de Maio (Amadora)


Juntamente com a Cova da Moura, o Estrela d’África e o Santa Filomena, é um considerado um dos mais perigosos bairros do concelho da Amadora.


Tráfico de estupefacientes e de armas e roubo são os principais crimes identificados ali pelas autoridades policiais, que quase sempre têm dificuldade em entrar neste labirinto à beira da Estrada Militar. Não são raros os episódios de confronto entre os moradores e a PSP, com detenções, feridos e desacatos.


14. Bairro Casal da Mira (Amadora)


Quem vive no Casal da Mira, na Amadora, onde foram realojadas mais de 700 famílias que viviam em barracas, ainda sente o preconceito que o estigma de bairro problemático constrói, mas já trabalha para “um bairro melhor”. O realojamento aconteceu entre 2004 e 2005 para dar casa a milhares de pessoas que viviam em barracas na Azinhaga dos Besouros, na zona envolvente ao que é agora a Circular Regional Interior de Lisboa (CRIL), e permitir construir a via.


Vivem no bairro cerca de 2.500 pessoas. Durante anos, o espaço viveu isolado. Está no alto de uma colina e nem o autocarro lá subia. O Casal da Mira foi aparecendo nos jornais e na televisão pelas piores razões: desacatos, armas, drogas. Foi envergonhando quem ali vive, criando em torno do nome do bairro um preconceito difícil de gerir, por exemplo, na escola ou quando se procura um emprego.


15. Bairro do Aleixo (Porto)


É conhecido como o hipermercado da droga do Grande Porto, registando frequentes incidentes. No ano passado, um tiroteio entre famílias levou à intervenção da PSP. Há relatos de várias agressões.


A polícia só entra no bairro, em especial na Torre 1, com um contingente especial. Constituído por cinco torres, está anunciada a sua demolição, mas os moradores têm lutado para travar essa medida


https://www.vortexmag.net/os-10-bairros-mais-perigosos-de-portugal/

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