Avançar para o conteúdo principal

"As pessoas vão ter uma desagradável surpresa em agosto: aumento de 40% da fatura da eletricidade"



 Contas são de Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa. Aumento servirá para compensar a diferença do travão ibérico do gás


O líder da Endesa prevê um aumento de cerca de 40% “ou mais” nas faturas de consumo. O alerta foi feito em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. “Em particular, a partir do final de agosto, mas já nas faturas do consumo elétrico de julho, as pessoas vão ter uma desagradável surpresa. (..) Estamos a falar de qualquer coisa na ordem dos 40 ou mais por cento relativamente àquilo que as pessoas pagavam”, disse o responsável da elétrica.


De acordo com o empresário, alguns consumidores domésticos vão começar a pagar o “travão do gás”, uma exceção criada para Portugal e Espanha que permitiu um desconto nos preços do gás natural utilizado para a produção de eletricidade.


“Aparecerá nas faturas a dizer que o mecanismo coberto do diploma x de teto sobre os preços do gás cabe-lhe a si, feliz ou infeliz contribuinte, contribuir com X para além do que era o preço que a pessoa tinha no seu contrato e que não me surpreende nada que supere os 40% [relativamente àquilo que foi pago no mês anterior]”, explicou Nuno Ribeiro da Silva.


Desde a primeira semana em que “o travão do gás” ibérico foi implementado, foi permitida uma redução de 10% do preço que seria pago se não estivesse em funcionamento o teto nos preços grossistas do gás natural. De acordo com Nuno Ribeiro da Silva destaca, que “essa diferença entre o verdadeiro preço do gás e preço em que se pôs uma ‘tampa’ vai ser paga pelos consumidores através dos mecanismos de compensação”.


As regras da União Europeia ditam que o défice tarifário não pode ser acumulado e tem de ser pago pelos consumidores. O presidente da Endesa assegura que o Governo está ciente da situação porque as empresas alertaram atempadamente. Para o empresário, os consumidores espanhóis são os únicos que vão beneficiar da medida. 


“A medida foi boa para Espanha porque tem um problema muito complexo sobre uma tarifa populista criada pelo Governo espanhol, a chamada PVPC, utilizada por 11 milhões de lares, mas que aqui não tem correspondência”, diz Nuno Ribeiro da Silva.


O número de consumidores afetados deve aumentar à medida que os contratos que já estavam assinados antes do dia 26 de abril completarem um ano. Nuno Ribeiro da Silva admite que já está a ocorrer a migração dos consumidores para o mercado regulado.


"As pessoas vão ter uma desagradável surpresa em agosto: aumento de 40% da fatura da eletricidade" - CNN Portugal (iol.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...