Avançar para o conteúdo principal

Galamba passa a validar pagamentos do Estado à Endesa. Entidades públicas devem avaliar mercado


CEO da Endesa est LUSA/TIAGO PETINGA


 Faturas à Endesa só podem ser pagas após validação de João Galamba, estipula despacho assinado por António Costa, e serviços do estado têm de procurar fornecedores sem preços especulativos.


As faturas relativas ao fornecimento de energia pela Endesa, nomeadamente a serviços e entidades do Estado, só podem ser pagas a partir desta terça-feira mediante a validação do secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, segundo dita um despacho assinado pelo primeiro-ministro, António Costa.


Segundo noticiou o Público, o documento determina ainda que os serviços do Estado procurem fornecedores que não pratiquem preços especulativos. “Para evitar a descontinuidade do serviço, devem os referidos serviços públicos e a ESPAP proceder cautelarmente a consultas de mercado, para a eventual necessidade de contratação de novos prestadores de serviço que mantenham práticas comerciais adequadas”, lê-se no despacho entretanto enviado pelo gabinete do primeiro-ministro.


O despacho foi assinado por António Costa esta segunda-feira, “perante as ameaças de práticas especulativas nos preços a praticar pela Endesa e o dever de o Estado proteger o interesse dos contribuintes na gestão dos dinheiros públicos”, como explica a nota enviada à comunicação social.


Endesa compromete-se a manter preços contratuais


A informação surge na sequência das afirmações do passado domingo do presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, que afirmou numa entrevista que os preços da eletricidade poderiam subir até 40% por causa do mecanismo ibérico que limita o preço do gás natural.


Nuno Ribeiro da Silva garante que o sistema, adotado em junho, teve um impacto positivo em Espanha, mas não em Portugal, onde as atualizações tarifárias se iriam refletir em aumentos já nas faturas de julho. Estas afirmações foram contestadas pelo Governo, com o Ministério do Ambiente e da Ação Climática a divulgar um comunicado onde rejeitava declarações de Nuno Ribeiro da Silva, classificando-as como “alarmistas”.


Já João Galamba afirmou ser impossível verificar-se uma subida de 40% na fatura da energia através do mecanismo ibérico, remetendo para as ofertas comerciais das próprias empresas. Entretanto, a Endesa divulgou um esclarecimento onde se compromete a manter os preços contratuais, com os clientes residenciais, até ao final do ano.


Comentário do Wilson:

Numa república das bananas governado por um ditador qualquer é necessário muito cuidado com o que se diz para não correr o risco de o ditador não gostar e retaliar fazendo-nos a vida negra.

Felizmente isso não acontece numa democracia.

Segundo esta definição Portugal não é uma democracia.

Bastou que o CEO da Endesa, uma empresa Espanhola a actuar em Portugal e, portanto, conhecedor do que se passa em Espanha e Portugal, ter emitido preocupações sobre o provável aumento da factura da electricidade em Portugal devido ao acordo ibérico sobre o tecto do preço do gás para geração de electricidade apenas beneficiar os consumidores Espanhóis e não os Portugueses.

Trata-se de uma preocupação legítima do tipo quem te avisa teu amigo é.

Mas António Costa não gostou e decidiu retaliar com um despacho que na prática impede o pagamento das facturas de energia do Estado à Endesa e manda os organismos procurar alternativas à Endesa.

Ora, os organismos do Estado numa boa gestão devem sempre andar à procura das melhores condições, é para isso que servem os concursos pelo que este despacho não tem qualquer efeito nesta parte.

o único efeito é impedir, com o atraso evidente que vai acontecer, o pagamento das facturas a uma empresa apenas porque António Costa não gostou do que CEO da Endesa respondeu numa entrevista.


Portugal já não é um Estado de direito, é um Estado PS onde o líder do PS / primeiro-ministro detém todo o poder tal como um ditador numa república das bananas.


Galamba passa a validar pagamentos do Estado à Endesa. Entidades públicas devem avaliar mercado – ECO (sapo.pt)




Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

Porque é que os links são normalmente azuis?

WWW concept with hand pressing a button on blurred abstract background Se navega na Internet todos os dias já reparou certamente numa constante: as hiperligações são quase sempre azuis. Este pequeno detalhe é tão comum que poucos param para pensar na sua origem. Mas porquê azul? Porquê não vermelho, verde ou laranja? A resposta remonta aos anos 80, e envolve investigação científica, design de interfaces e… um professor com uma ideia brilhante. Vamos então explicar-lhe qual a razão pela qual os links são normalmente azuis. Porque é que os links são normalmente azuis? Antes da Web, tudo era texto Nos primórdios da Internet, muito antes do aparecimento dos browsers modernos, tudo se resumia a menus de texto longos e difíceis de navegar. Era necessário percorrer intermináveis listas de ficheiros para chegar à informação pretendida. Até que, em 1985, Ben Shneiderman, professor da Universidade de Maryland, e o seu aluno Dan Ostroff, apresentaram uma ideia revolucionária: menus embutidos, que...