Imagens de satélite mostram o efeito da seca no planeta e descobrem tesouros submersos, um deles no Tejo
A seca em rios e zonas marítimas estáo a alterar a geografia do planeta, mas permitiu descobrir ruínas e elementos com milhões de anos.
O ano de 2022 irá ficar para a história como um dos mais quentes do ano, um reflexo das alterações climáticas que se assiste em todo o planeta. E como tal, as secas pela falta de chuva estão a alterar as paisagens, transformando muitos locais normalmente repletos de água em verdadeiros "desertos" temporários.
Os satélites têm registado essa transformação a partir do espaço e se a situação é catastrófica a nível geral, a comunidade científica tem descoberto relíquias de valor incalculável para a humanidade, no que diz respeito a ruínas de civilizações antigas, pegadas de dinossauros, pedras megalíticas e outros achados, alguns deles com alguns milhões de anos.
Muitas das imagens captadas pelos satélites fazem a comparação do mesmo local com anos de distância, revelando rios e lagos que encolheram, por vezes com diferença de um ano. Ainda não se sabe se a geografia se irá manter inalterada quando voltar a chover, mas até lá, os cientistas e arqueólogos estão de mãos cheias para as descobertas feitas.
Exemplo disso é a frota de quase 20 navios nazis afundados no rio Danúbio que foram agora descobertos afundados durante a segunda guerra mundial, perto de Prahovo a leste da Sérvia. Muitos deles ainda carregados com munições e explosivos, que obrigam a cuidados durante a sua recuperação, avança a Reuters, estimando-se uma operação com um custo de 29 milhões de euros.
Noutro ponto do planeta, neste caso na China, os baixos níveis de água do rio Yangtze revelou uma ilha anteriormente submergida. Esta contém três estátuas budistas da Dinastia Ming, que se estima terem 600 anos. Esta vaga de calor e seca no país é considerada a pior nos últimos 60 anos, estimando-se que 66 rios da área de Chongqing secaram.
Na parte do rio Tejo em Espanha, foi encontrado um monumento megalítico, conhecido como Dolmen do Guadalperal. Estima-se que sejam datadas de 2.000 a 3.000 anos antes de Cristo, descobertas agora com a seca no rio. Segundo a Reuters, este local já era conhecido, tendo sido descoberto pelo arqueólogo alemão Hugo Onermaier em 1926, mas a área foi inundada em 1963 como parte de um projeto rural, durante a ditadura de Franco. É referido que desde então apenas se tornou visível por quatro vezes.
As descobertas continuam a ser feitas e no Texas, mais concretamente no Dinossaur Valley State Park, perto de Fort Worth, foram descobertos fósseis de pegadas de dinossauros que se estima terem 113 milhões de anos. Os cientistas referem que se trata de um Acrocantossauro, uma espécie predadora bípede.
Comentários
Enviar um comentário