Avançar para o conteúdo principal

Contribuintes podem ser chamados a meter mais 1,6 mil milhões no Novobanco



 É um mecanismo negociado com Bruxelas que determina que se tudo correr mal, o Estado poderá vir a ser chamado a injetar mais 1,6 mil milhões no Novobanco. O Tribunal diz que esse risco existe.

Émais um relatório arrasador para o Novobanco. O Tribunal de Contas diz que o banco “não salvaguardou o interesse público” nas chamadas de capital que fez ao Mecanismo de Capital Contingente, tendo vendido ativos, sobretudo imobiliário, ao desbarato.


Este mecanismo de garantias públicas previa a injeção de até 3,9 mil milhões de euros, tendo a instituição bancária utilizado 3,4 mil milhões de euros.


Para o Tribunal de Contas, “a utilização do mecanismo revela a incapacidade do NB (ou não ter o propósito) de gerar com a sua atividade níveis de capital adequados à cobertura dos seus riscos”.


Mas o Tribunal vai mais longe. Afirma que mesmo com as injeções de dinheiro públicos, “o NB não atingiu os níveis de rendibilidade” acordado com Bruxelas. Como tal, conclui que “subsiste o risco de acionamento do mecanismo de capital adicional (capital backstop), até 1,6 mil milhões de euros, previsto nos compromissos assumidos pelo Estado Português para assegurar a viabilidade do NB, o que os impactos adversos da pandemia e do conflito militar na Ucrânia tendem a agravar”.


Quando o Novobanco foi criado como um banco de transição, em 2014, recebeu uma injeção inicial de 4,9 mil milhões de euros por parte do Fundo de Resolução, que fez o financiamento sobretudo com um empréstimo público. Em 2015, através de um bail in, o banco livrou-se de dívida dos credores avaliada em 2 mil milhões de euros.


Em 2017, aquando da venda do banco, o Lone Star injetou mais mil milhões no banco que, de 2017 a 2021 recebeu mais 3,4 mil milhões de euros de garantias públicas. E a auditoria do Tribunal de Contas alerta que as injeções de dinheiro poderão não ficar por aqui.


Contribuintes podem ser chamados a meter mais 1,6 mil milhões no Novobanco – ECO (sapo.pt)



Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...