Nos primeiros nove meses do ano foram fabricados 200 731 veículos, pouco mais de 8% face a 2020 mas menos 22% na comparação com período homólogo de 2019.
A falta de semicondutores está a penalizar cada vez mais a indústria automóvel portuguesa. Em setembro, foram produzidos 21 006 carros, menos 35,7% do que no mesmo mês de 2020, revelam esta quinta-feira os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
A descida na produção deve-se, em muito, à Autoeuropa. A fábrica do grupo Volkswagen em Portugal apenas retomou a linha de montagem dia 6 de setembro e ainda teve duas paragens no último mês: entre 18 e 21 de setembro e entre 27 de setembro e 4 de outubro.
Isso explica a travagem de 41,5% no fabrico de automóveis ligeiros de passageiros, para 15 714 unidades. A unidade de Palmela produz o SUV T-Roc e o monovolume Volkswagen Sharan.
Também a fábrica da Stellantis em Mangualde tem sofrido interrupções na produção por falta de semicondutores. À conta disso, a produção de veículos ligeiros de mercadorias caiu 11,3% no último mês, para 4863 veículos.
A contrariar estas quebras está o fabrico de veículos pesados, que regista um crescimento de 23,3%, para 429 unidades.
A ACAP assinala ainda que, em setembro, 97,5% dos carros produzidos em Portugal foram exportados, com destaque para quatro países europeus: Alemanha (16,7%), França (14,3%), Itália (13,4%) e Espanha (12,1%).
Apesar da falta de peças, a produção de carros em Portugal ainda está acima dos números de 2020: nos primeiros nove meses deste ano, foram fabricados 200 731 veículos, mais 8,1% do que no ano passado. Contudo, na comparação com 2019, verifica-se uma quebra de 22,3% (258 388 unidades em 2019).
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