Uma equipa de investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, propõe a classificação de condutores como altruístas ou egoístas, para ensinar aos carros autónomos qual o melhor comportamento perante diferentes situações
O Laboratório de Ciências Computacionais e Inteligência Artificial (CSAIL) do MIT pretende ensinar aos modelos de Inteligência Artificial (IA) que nem todos os humanos têm os comportamentos mais lógicos ao volante. A interpretação requer uma componente de análise comportamental e de consciência social que os sistemas não possuem. Assim, os investigadores recorreram à psicologia social para classificar os condutores como egoístas ou altruístas e sugerem que esta classificação vai ajudar o veículo a tomar a melhor decisão e ajustar-se mais rapidamente a diferentes cenários de condução.
Com este sistema de classificação, o algoritmo foi capaz de prever movimentos de outros carros ou mudanças de faixa abruptas com 25% maior eficácia do que o previamente conseguido, explica o Engadget.
Wilko Schwarting, o autor principal do estudo, explica que «trabalhar com e à volta de humanos implica perceber quais são as suas intenções para melhor perceber o seu comportamento. (...) A tendência para as pessoas serem colaborativas ou competitivas espelha-se muitas vezes na forma como se comportam ao volante. Neste estudo, procuramos perceber se isto é algo que podemos quantificar».
Para já, as conclusões ficam no papel e ainda serão necessárias mais análises até que possam ser implementadas em situações reais. Um dos próximos passos é incluir dados de peões, ciclistas e outros sistemas robotizados.
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2019-11-19-MIT-ensina-carros-autonomos-a-reconhecerem-condutores-egoistas
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