Avançar para o conteúdo principal

Venezuela. Guaidó anuncia greve do setor público e pede ao povo que se mantenha nas ruas

O autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó anunciou hoje que os trabalhadores públicos venezuelanos iniciam a partir de quinta-feira uma greve crescente, até chegar a uma paralisação geral no país.
Venezuela. Guaidó anuncia greve do setor público e pede ao povo que se mantenha nas ruas
“Amanhã [quinta-feira] vamos acompanhar a proposta que nos fizeram de greves progressivas, até conseguir uma greve geral (…) todos os setores se vão integrar neste processo (greve geral). Amanhã acompanharemos os trabalhadores públicos nas suas exigências”, disse.

Juan Guaidó falava para milhares de venezuelanos em El Marquês, no leste de Caracas, durante uma das concentrações convocadas pela oposição para assinalar o Dia Internacional do Trabalhador, depois de, na terça-feira, um grupo de militares lhe ter manifestado apoio.

O autoproclamado Presidente interino reiterou o apelo aos venezuelanos para continuarem nas ruas até conseguirem uma mudança de regime no país.

“Cada vez há menos gente sequestrada pelo medo. A única maneira de que haja um golpe de Estado na Venezuela, é que me detenham. Ontem [terça-feira] vimos o apoio da comunidade internacional”, disse.

Por outro lado, insistiu que, depois de na terça-feira ter libertado o político opositor Leopoldo López (do partido Vontade Popular), a oposição continuará a libertar os presos políticos no país, insistindo que isso terá lugar “enquanto houver pressão cidadão nas ruas”.

Em Caracas, funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) reprimiram hoje, um grupo de manifestantes que se concentram na Praça Washington de El Paraíso (oeste) em apoio a Juan Guaidó.

Utilizadores da rede social Twitter dão conta de que nas principais cidades da Venezuela há manifestações em apoio ao líder opositor.

Juan Guaidó desencadeou terça-feira de madrugada um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular.

O regime ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Não houve, durante o dia, progressos na situação, que continua dominada pelo regime.

Apesar de Guaidó ter afirmado que tinha os militares do seu lado, nenhuma unidade militar aderiu à iniciativa nem se confirmou qualquer deserção de altas patentes militares fiéis a Nicolas Maduro.

Alguns utilizadores indicaram, ao longo do dia, que perderam o acesso a redes sociais (como o Twitter, o YouTube ou o Facebook), enquanto as comunicações telefónicas estiveram muitas vezes interrompidas.

Face à situação que se vive na Venezuela, o Governo português já indicou que não havia registo de problemas com a comunidade portuguesa.

https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/venezuela-guaido-anuncia-greve-do-setor-publico-e-pede-ao-povo-que-se-mantenha-nas-ruas

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...