Avançar para o conteúdo principal

Nissan apresenta o ProPILOT 2.0, o concorrente do Autopilot da Tesla

Atualmente um dos trunfos da Tesla, se não mesmo o maior, é o sistema Autopilot. Várias marcas já mostraram os seus argumentos no que toca a baterias e motores elétricos. Contudo, não tem sido fácil desenvolver uma solução de piloto automático que ombreie com a Tesla. Entretanto, a Nissan diz que tem algo melhor.

A Nissan acaba de lançar no Japão o seu novo sistema de condução do carro de condução autónoma, o PROPILOT 2.0.


Imagem Nissan ProPILOT 2.0, o concorrente do Autopilot da Tesla


Nissan PROPILOT 2.0 versus Tesla Autopilot
O PROPILOT 2.0 é um sistema avançado de condução que traz mais que o seu antecessor, o PROPILOT original. Este permite a condução sem as mãos no volante, um recurso que podemos encontrar, por exemplo, na Audi com o Traffic Jam Assist ou na Cadillac, com o Super Cruise. Portanto, estamos a falar de um sistema com autonomia de nível 3.

A condução “mãos livres” será legal nas autoestradas do Japão. Contudo, esta funcionalidade está mais restrita nalgumas regiões, como acontece na Europa (onde a legislação recentemente voltou a apertar as regras).

Além disso, o ProPILOT 2.0 oferecerá a chamada «Condução navegada», uma função que tira proveito de uma rota predefinida, permitindo circular de forma autónoma por uma autoestrada de várias vias até à saída programada, podendo mesmo mudar de faixa de rodagem. Esta função é muito parecida com a proposta no sistema navegação com Autopilot da Tesla.

PROPILOT 2.0 também permite mudar de faixa de rodagem
O sistema da Nissan pode mudar de faixa de rodagem automaticamente. Contudo, antes de realizar esta manobra, o condutor terá de a aprovar.

De acordo com a empresa japonesa, tecnicamente o sistema poderá realizar as mudanças de via sem necessidade de aprovação do condutor, mas neste ponto as autoridades japonesas não permitem esta ação. Novamente estamos perante uma limitação similar à do Autopilot da Tesla.

Sistema de câmaras mais avançado que o da Tesla
Quanto ao hardware utilizado, destaca-se o uso de sensores ultrassónicos, um radar frontal, quatro radares laterais e sete câmaras. Embora o Tesla Autopilot tenha oito câmaras, o sistema Nissan tem um trunfo que o coloca em vantagem, isto porque as suas câmaras são trifocais, o que permite uma maior precisão a longa distância.

Os radares laterais são redundantes e melhorarão o funcionamento de todo o sistema. Como a Tesla, a Nissan não aposta no sistema LiDAR nos seus carros autónomos “atualmente” (ao contrário de Elon Musk, a empresa japonesa acredita que, para os níveis 4 e 5 de automação, o LiDAR será necessária).

O ProPILOT 2.0 utiliza mapas GPS com precisão centimétrica, que são carregados dentro do carro e atualizados via OTA. Nas estradas com mudanças temporárias no seu limite de velocidade, as câmaras do carro poderão ler sinais de trânsito e alterar a velocidade máxima registada nos seus mapas.

Sistema de Inteligência artificial disponível a qualquer bolso
Atualmente, o PROPILOT 2.0 só está disponível no Nissan Skyline, dentro do Japão (Infiniti Q50 na Europa). No entanto, a marca nipónica irá gradualmente adicionar mais modelos e mercados.

Portanto, estamos perante um sistema muito parecido com o Autopilot da Tesla, contudo, o ProPILOT2.0 da Nissan promete algo totalmente diferente: uma democratização da alta tecnologia a preços mais baixos, IA para todos, mesmo para compradores de um carro barato, que começa nos 11.500 dólares (o veículo já com o sistema).

https://pplware.sapo.pt/motores/nissan-apresenta-o-propilot-2-0-o-concorrente-do-autopilot-da-tesla/

Comentários

Notícias mais vistas:

EUA criticam prisão domiciliária de Bolsonaro e ameaçam responsabilizar envolvidos

 Numa ação imediatamente condenada pelos Estados Unidos, um juiz do Supremo Tribunal do Brasil ordenou a prisão domiciliária de Jair Bolsonaro por violação das "medidas preventivas" impostas antes do seu julgamento por uma alegada tentativa de golpe de Estado. Os EUA afirmam que o juiz está a tentar "silenciar a oposição", uma vez que o ex-presidente é acusado de violar a proibição imposta por receios de que possa fugir antes de se sentar no banco dos réus. Numa nota divulgada nas redes sociais, o Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos recorda que, apesar do juiz Alexandre de Morais "já ter sido sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia". Os Estados Unidos consideram que "impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público...

Aníbal Cavaco Silva

Diogo agostinho  Num país que está sem rumo, sem visão e sem estratégia, é bom recordar quem já teve essa capacidade aliada a outra, que não se consegue adquirir, a liderança. Com uma pandemia às costas, e um país político-mediático entretido a debater linhas vermelhas, o que vemos são medidas sem grande coerência e um rumo nada perceptível. No meio do caos, importa relembrar Aníbal Cavaco Silva. O político mais bem-sucedido eleitoralmente no Portugal democrático. Quatro vezes com mais de 50% dos votos, em tempos de poucas preocupações com a abstenção, deve querer dizer algo, apesar de hoje não ser muito popular elogiar Cavaco Silva. Penso que é, sem dúvida, um dos grandes nomes da nossa Democracia. Nem sempre concordei com tudo. É assim a vida, é quase impossível fazer tudo bem. Penso que tem responsabilidade na ascensão de António Guterres e José Sócrates ao cargo de Primeiro-Ministro, com enormes prejuízos económicos, financeiros e políticos para o país. Mas isso são outras ques...

Supercarregadores portugueses surpreendem mercado com 600 kW e mais tecnologia

 Uma jovem empresa portuguesa surpreendeu o mercado mundial de carregadores rápidos para veículos eléctricos. De uma assentada, oferece potência nunca vista, até 600 kW, e tecnologias inovadoras. O nome i-charging pode não dizer nada a muita gente, mas no mundo dos carregadores rápidos para veículos eléctricos, esta jovem empresa portuguesa é a nova referência do sector. Nasceu somente em 2019, mas isso não a impede de já ter lançado no mercado em Março uma gama completa de sistemas de recarga para veículos eléctricos em corrente alterna (AC), de baixa potência, e de ter apresentado agora uma família de carregadores em corrente contínua (DC) para carga rápida com as potências mais elevadas do mercado. Há cerca de 20 fabricantes na Europa de carregadores rápidos, pelo que a estratégia para nos impormos passou por oferecermos um produto disruptivo e que se diferenciasse dos restantes, não pelo preço, mas pelo conteúdo”, explicou ao Observador Pedro Moreira da Silva, CEO da i-charging...