Avançar para o conteúdo principal

Buscas nos hospitais CUF, Luz e Lusíadas. Em causa estão acordos com ADSE

A Autoridade da Concorrência (AdC) está a realizar buscas nos hospitais privados CUF, Luz e Lusíadas. Em comunicado enviado ao Expresso, a AdC refere que a realização de diligências de busca e apreensão decorre “em oito localizações de nove entidades ativas no sector da saúde nas zonas da Grande Lisboa, Porto e Algarve”

A Autoridade da Concorrência (AdC) está a realizar buscas nos hospitais privados CUF, Luz e Lusíadas. Em causa estão suspeitas sobre acordos com a ADSE.

Num comunicado a que o Expresso teve acesso, a AdC refere que a realização de diligências de busca e apreensão decorre “em oito localizações de nove entidades ativas no sector da saúde nas zonas da Grande Lisboa, Porto e Algarve por suspeitas de práticas anticoncorrenciais lesivas da liberdade de escolha do consumidor.”

A operação autorizada pelo Tribunal de Instrução Criminal e Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa está a ser acompanhada pela Divisão de Investigação Criminal da PSP.

A Autoridade da Concorrência, acrescenta o comunicado, “realiza diligências desta natureza, ao abrigo dos poderes que lhe são conferidos pela Lei da Concorrência, como meio de obtenção de prova de práticas anticoncorrenciais, não decorrendo da sua realização que as empresas visadas venham a ser objeto de condenação, nem implicando um juízo sobre a culpabilidade da sua conduta no mercado.”

A José de Mello Saúde disse, entretanto, em comunicado, que “está a colaborar e a esclarecer, com total disponibilidade e serenidade, as solicitações desta entidade.”

Também a Lusíadas Saúde garantiu que está a prestar toda a colaboração devida à Autoridade da Concorrência, em “cumprimento do seu dever legal de cooperação”.

“O desenvolvimento de tais diligências centra-se, exclusivamente, nas instalações onde funcionam os serviços administrativos das duas empresas, pelo que não tiveram qualquer implicação nos serviços prestados pelos Hospitais e/ou Unidades de Saúde Lusíadas”, refere o grupo Lusíadas Saúde em comunicado.

No final de abril, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) escreveu aos associados a informar que a ADSE ainda não tinha apresentado qualquer proposta para uma nova tabela de preços, defendendo uma "negociação franca e aberta".

As novas tabelas com preços fechados, ao invés de variáveis, têm como objetivo acabar com a regularização de faturas por parte da ADSE e que tem sido contestada pelos operadores privados, alguns dos quais chegaram a ameaçar cancelar as convenções com o subsistema de saúde dos funcionários públicos.

Foi a regularização de faturas referentes a 2015 e 2016 que esteve na base da contestação do início deste ano dos hospitais privados, sobretudo dos grandes grupos. A ADSE reclama o pagamento de 38 milhões de euros em regularizações.

https://expresso.pt/economia/2019-05-10-Buscas-nos-hospitais-CUF-Luz-e-Lusiadas.-Em-causa-estao-acordos-com-ADSE#gs.apt2uy

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...