Avançar para o conteúdo principal

A Terra foi salva mas Nova Iorque ficou destruída



Os cientistas conseguiram salvar a Terra desviando o asteroide mas um fragmento dele, com apenas 50 a 80 metros de diâmetro, acabou por entrar na atmosfera e explodiu a 15Km de altura por cima de Nova Iorque destruindo a cidade e arredores.

Na semana passada, a NASA e várias agências federais, juntamente com várias organizações internacionais, planearam um exercício que pode, no futuro, salvar milhões de vidas: simularam o que aconteceria se um asteróide fosse descoberto em rota de colisão com a Terra.

O exercício, parte da Conferência de Defesa Planetária, permite que os investigadores resolvam os desafios científicos, técnicos e políticos que terão que ser superados para proteger com sucesso o nosso planeta do impacto de um asteroide.

A simulação condensa oito anos de ficção em cinco dias. Graças a observações terrestres, descobriu-se que o asteroide fictício 2019 PDC tem uma probabilidade de 1 em 100 de atingir a Terra. No Dia 2, calcula-se que o risco é agora de 1 em 10 e provavelmente atingirá Denver, Colorado, em 29 de abril de 2027.

As fases de planeamento das missões de reconhecimento e de defesa aumentam um pouco. No dia 3, no final de dezembro de 2021, a primeira nave de reconhecimento chegou ao asteróide. Na missão de deflexão, várias naves devem entrar no asteróide em agosto de 2024 para retirá-lo da órbita.

O dia 4 começou alguns dias depois da deflexão e trouxe boas notícias e algumas más. O corpo principal do asteroide foi desviado com sucesso, mas um fragmento com entre 50 e 80 metros de tamanho ainda estava em rota de colisão com a Terra – mais especificamente a cidade de Nova Iorque. Além disso, os detritos libertados pelo impacto destruíram a nave de reconhecimento, tornando muito mais difícil saber o que estava a acontecer.

“Precisamos nos desafiar e fazer as perguntas difíceis. Não se aprende nada se não se estudar o pior caso possível a cada dia”, explicou Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos de Objetos da Terra no JPL da NASA, e criador do cenário, em comunicado.

Tendo ficado sem opções, a equipa reformulou a opção nuclear que foi discutida no segundo dia, mas foi arquivada devido a controvérsias e riscos generalizados. Os investigdores analisaram o envio de um dispositivo nuclear de 300 quilotonatos para explodir a menos de 145 metros do fragmento de asteróide, o que poderia desviá-lo ou fragmentá-lo, mostraram os cálculos.

Mas mesmo com a confiança nos números – a mesma estratégia conseguiu salvar Tóquio na simulação do ano passado – a missão não pôde ser implementada devido a divergências políticas e o asteróide não pôde ser parado. Tudo o que restava era preparar Nova Iorque para o impacto.

O dia 5 começou apenas 10 dias antes do impacto. O asteróide entraria na atmosfera a 19 quilómetros por segundo e libertaria o equivalente a 5-20 megatons de energia na explosão. Explodiria a cerca de 15 quilómetros acima do Central Park, destruindo a cidade e criando um raio “não-seguro” de 15 quilómetros.

Nesse cenário, é o trabalho da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) de evacuar e realojar dez milhões de pessoas, os seus animais de estimação e pertences, proteger instalações nucleares e químicas na área e transferir obras de arte. O tom da conversa mudou do técnico e científico, para o sociológico, legal e político.

“Este exercício é valioso na medida em que continua o trabalho atualmente em andamento para identificar as principais questões para este cenário de baixa probabilidade, mas de altas consequências”, disse Leviticus Lewis, da FEMA.

Tóquio salvou-se no exercício do ano passado, mas outras vítimas fictícias de asteróides incluem a Riviera Francesa, Daca e Los Angeles. No entanto, a probabilidade de um asteróide impactar a Terra permanece altamente improvável e os exercícios são planeados para ser o pior caso dentro do campo de possibilidades. O próximo exercício acontecerá em Viena em 2021.

https://zap.aeiou.pt/asteroide-fantasma-nova-iorque-simulacao-255359

Comentários

Notícias mais vistas:

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook

Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin

 Em 2010, o criador do Bitcoin antecipou os perigos que a computação quântica poderia trazer para o futuro da criptomoeda e apresentou sugestões para lidar com uma possível quebra do algoritmo de criptografia SHA-256. Ameaça quântica: Satoshi Nakamoto deixou um plano para salvar o Bitcoin Um novo avanço no campo da computação quântica deixou a comunidade de criptomoedas em alerta sobre a possibilidade de quebra do algoritmo de criptografia SHA-256 do Bitcoin BTC, comprometendo a integridade das chaves privadas e colocando os fundos dos usuários em risco. Em 9 de dezembro, o Google apresentou ao mundo o Willow, um chip de computação quântica capaz de resolver, em menos de cinco minutos, problemas computacionais insolúveis para os supercomputadores mais avançados em uso nos dias de hoje. Apesar do alarde, Satoshi Nakamoto, o visionário criador do Bitcoin, já antecipara a ameaça quântica e sugerira duas medidas para mitigá-la. Em uma postagem no fórum Bitcoin Talk em junho de 2010, Sa...