Avançar para o conteúdo principal

6 regras de ouro para quem deseja investir em criptomoedas

Em qualquer investimento, conhecer algumas coisas sobre o que se está investindo é praticamente obrigatório. Ninguém compra ações de uma empresa olhando apenas os seus dividendos ou o seu preço: é necessário analisar os gestores, as políticas da empresa, os balanços de caixa, entre vários outros fatores, e o mesmo se aplica para criptomoedas.

Por isso, deixo aqui 6 fatores que considero fundamentais para quem deseja investir em alguma moeda, analise antes de aplicar seu dinheiro.


1) A moeda resolve um problema real

Qual foi o grande problema que o bitcoin resolveu?

Na verdade foram dois: transferir valores de forma rápida e barata, e a ausência de uma reserva de valor que pudesse ficar sob controle do seu dono de forma segura e com baixos custos. Dois problemas reais, resolvidos por uma só moeda.

Antes de investir em qualquer moeda, procure fazer a si mesmo essas quatro perguntas:

Qual problema específico essa moeda está tentando resolver?
Em quais casos ela será adotada?
Quão grande é o problema que a solução está tentando abordar?
Outros já tentaram resolver o problema antes?


2) A qualidade do time por trás da moeda

Assim como ao comprar uma ação é necessário avaliar os gestores da empresas, avaliar o time por trás do projeto de uma moeda também.

Qual o currículo dos envolvidos no projeto? Eles realmente estão comprometidos em fazer uma moeda de qualidade? O roadmap da moeda está sendo seguido e cumprido no prazo estipulado?

Os membros de um time por trás da criação de uma moeda precisam saber o que estão fazendo. Abusos e problemas de gestão não são incomuns nesse mercado (basta analizar os casos da DAO e da Tezos para ver o estrago que problemas de gestão ou de desenvolvimento podem causar).

Nada é mais importante do que examinar e garantir que haja um “negócio real” por trás do token. Como a indústria é relativamente nova e o quadro regulatório e tecnológico ainda não estes muito claro, em criptomoedas, mais do que qualquer outro setor, é fundamental apostar no corredor em vez do cavalo.


3) Mecanismos de distribuição

Além de uma equipe competente, os mecanismos de distribuição dos tokens precisa ser claro.

O bitcoin é um grande exemplo disso: cada bloco minerado distribui uma quantidade fixa de bitcoins, quantidade que cai pela metade a cada 4 anos. Além disso, a oferta de bitcoins também é conhecida e fixa em 21 milhões de moedas. Essas regras são claras e acessíveis a todos, do mais antigo Holder aos novos investidores.

Se a moeda não possui essas regras expostas de forma clara, ou não possui limitação de emissão de moedas, tenha cautela.


4) Aumento da demanda

Assim como a oferta da moeda, a demanda por ela também é importante. Afinal, de nada adianta possuir uma moeda sem utilidade, o qual ninguém mais deseja possuir.

Pelas suas utilidades, a demanda por bitcoins tende a ser infinita. Como sua oferta é limitada, o preço tende a subir. O mesmo pode ser aplicado ao Ethereum, devido a sua funcionalidade em criar smart contracts (contratos inteligentes). São moedas com alto potencial de serem demandadas no futuro.

Quanto maior a demanda por uma moeda, maior o potencial de crescimento do seu preço.


5) Potencial para usos institucionais

Moedas como o bitcoin eram, até pouco tempo atrás, vistas como moedas de nerds aficionados por tecnologia, ou então como moedas usadas no mundo do crime.

Hoje, temos grandes fundos e bolsas investindo em criptomoedas, criando até fundos de índices baseados nelas. O que é uma excelente forma de atrair investidores com grandes somas de capital para investir (os chamados investidores institucionais).

Com mais investidores institucionais no mercado, maior o valor daquela moeda tende a ficar no médio e longo prazos.

Levando em conta essa possibilidade, outro fator de grande importância ao avaliar uma criptomoeda é se ela tem capacidade de lidar com o volume que tais investimentos exigirão, caso venha a receber dinheiro dessas fontes. Nem todas as moedas são escaláveis dessa maneira. Algumas são projetadas para ser pequenas e assim permanecerem. Outros podem ver facilmente bilhões de dólares sendo direcionados para elas, levando o preço para níveis altíssimos.


6) Métricas sólidas

Embora fazer uma análise fundamentalista de uma criptomoeda não seja tão fácil quanto fazer de uma empresa, isso não significa que seja impossível.

O próprio bitcoin pode ser analisado segundo certos fundamentos. Através do site blockchain.info se pode ter acesso a diversas ferramentas úteis de análise: desde hashpower, hashrate, histórico de preço da moeda, número de transações, valor de mercado e várias outras métricas úteis.

Um investidor que tem a intenção de comprar uma moeda deve sempre verificar se a moeda em questão possui formas de divulgar dados similares, seja via seu próprio site ou por um whitepaper.


Conclusão

Fazer uma análise detalhada de qual moeda está boa ou não para compra pode ser uma tarefa complicada quando lembramos que existem mais de 1300 moedas no mercado. Entretanto, não se trata de algo impossível. Basta seguir uma estratégia segura – como as dicas sugeridas no texto – e jamais se esquecer da principal regra dos investimentos: nunca invista um valor que não possa perder.


https://www.criptomoedasfacil.com/6-regras-de-ouro-para-quem-deseja-investir-em-criptomoedas/

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di