Avançar para o conteúdo principal

Cortes na ADSE abrem guerra entre Governo e hospitais privados

Unidades privadas de saúde enviaram carta ao Governo a ameaçar deixar de prestar cuidados aos beneficiários da ADSE.

As novas tabelas da ADSE – que entram em vigor a 1 de março – reduzem significativamente os valores pagos aos prestadores que têm convenção com o sistema, perdas essas consideradas “incompatíveis” para os privados e que põem em causa o acesso dos beneficiários aos cuidados de saúde.

Quem o diz é a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) que, em carta enviada ao ministro das Finanças e da Saúde, ameaça deixar de prestar cuidados a beneficiários da ADSE.

A carta, à semelhança de uma outra enviada a João Proença, presidente do CGS (que junta representantes dos beneficiários, dos sindicatos, das associações de reformados e do Governo), alerta para os prejuízos causados pelas novas tabelas.


Segundo o Público, que teve acesso à carta, a nova tabela fixa preços abaixo do custo, contempla normas ilegais e põe em causa a atempada rprestação de cuidados aos beneficiários. “As novas tabelas podem colocar em causa a qualidade e acesso dos serviços prestados aos beneficiários e traduzem-se em perdas incomportáveis para os prestadores privados”, nota a APHP. “Essa é uma linha que não podemos ultrapassar”.

A APHP garante ainda que tem tido uma posição “construtiva” e que têm sido conseguidos avanços, em particular nos preços fechados nas cirurgias, mas apresentar um “documento unilateral”, que altera “de forma substancial a relação com os prestadores privados, é uma metodologia que claramente não pretende assumir os prestadores como parceiros”, lamenta.

As novas tabelas implicam uma poupança anual de 29,7 milhões de euros para a ADSE e de 12,7 milhões para os beneficiários, mas pressupõem que os privados com convenção com o sistema encaixarão menos com os cuidados prestados aos beneficiários da ADSE.

https://zap.aeiou.pt/guerra-aberta-governo-hospitais-privados-devido-cortes-na-adse-187646

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...