Cientistas preveem que a desaceleração do movimento de rotação da Terra possa desencadear intensas atividades sísmicas no próximo ano, particularmente em regiões tropicais densamente povoadas.
Tal como seria de esperar, a rotação da Terra é extremamente consistente, mas ainda assim existem curtos períodos em que abranda ligeiramente. Ainda que impercetíveis, as variações na velocidade de rotação alteram o comprimento do dia e podem estar envolvidas na libertação de grandes quantidades de energia subterrânea.
Segundo o Europa Press, Roger Bilham, investigador da Universidade do Colorado, e Rebecca Bendick, investigadora da Universidade de Montana, ambas nos EUA, analisaram esta relação entre a rotação da Terra e a atividade sísmica, num estudo apresentado recentemente na reunião anual da Sociedade Geológica dos EUA.
Ao The Guardian, Roger Bilham sugere que “a correlação é forte e sugere que vai haver um aumento no número de sismos intensos no próximo ano”. Embora não seja possível prever onde vão acontecer os terramotos, os cientistas descobriram que a maioria deles podem ocorrer perto do equador.
Os investigadores analisaram tremores de terra de magnitude igual ou superior a 7 na escala de Richter, que ocorreram desde o ano de 1900. Bilham e Bendick encontraram cinco períodos que apresentavam números significativamente mais altos de grandes sismos.
“Nestes períodos foram registados 25 a 30 terramotos”, explicou Bilham. “No resto do tempo, a média foi de 15 terramotos de grande magnitude por ano”.
Durante a investigação, os cientistas tentaram relacionar estes períodos de elevada atividade sísmica com outros fatores, e descobriram que o número de terramotos aumenta quando a rotação da Terra diminui ligeiramente.
“A rotação da Terra varia ligeiramente – um milésimo de segundo por dia, às vezes – e esta variação pode ser medida com muita precisão por relógios atómicos”, disse Bilham.
Apesar de a relação entre o comprimento do dia e o aumento do número de sismos não estar completamente clara, alguns cientistas suspeitam que possam haver pequenas mudanças no comportamento do núcleo da Terra que causam ambos os fenómenos.
Na análise, Bilham e Bendick notaram que havia períodos de cinco anos em que o movimento de rotação da Terra desacelerou. Estes períodos foram seguidos por períodos em que o número de terramotos intensos aumentou. “A Terra está a dar-nos um alerta, um pré-aviso de 5 anos sobre os futuros terramotos”.
Esta relação é particularmente importante dado que o movimento de rotação da Terra começou a diminuir periodicamente há mais de quatro anos. “Em 2018, devemos notar um aumento significativo no número de terramotos de magnitude elevada”, explica o investigador.
Bilham refere ainda que durante os últimos quatro anos aconteceram apenas cerca de seis terramotos graves. “Poderíamos ter facilmente 20 sismos por ano a partir de 2018“.
https://zap.aeiou.pt/desaceleracao-da-terra-podera-causar-o-triplo-dos-sismos-em-2018-181148
Tal como seria de esperar, a rotação da Terra é extremamente consistente, mas ainda assim existem curtos períodos em que abranda ligeiramente. Ainda que impercetíveis, as variações na velocidade de rotação alteram o comprimento do dia e podem estar envolvidas na libertação de grandes quantidades de energia subterrânea.
Segundo o Europa Press, Roger Bilham, investigador da Universidade do Colorado, e Rebecca Bendick, investigadora da Universidade de Montana, ambas nos EUA, analisaram esta relação entre a rotação da Terra e a atividade sísmica, num estudo apresentado recentemente na reunião anual da Sociedade Geológica dos EUA.
Ao The Guardian, Roger Bilham sugere que “a correlação é forte e sugere que vai haver um aumento no número de sismos intensos no próximo ano”. Embora não seja possível prever onde vão acontecer os terramotos, os cientistas descobriram que a maioria deles podem ocorrer perto do equador.
Os investigadores analisaram tremores de terra de magnitude igual ou superior a 7 na escala de Richter, que ocorreram desde o ano de 1900. Bilham e Bendick encontraram cinco períodos que apresentavam números significativamente mais altos de grandes sismos.
“Nestes períodos foram registados 25 a 30 terramotos”, explicou Bilham. “No resto do tempo, a média foi de 15 terramotos de grande magnitude por ano”.
Durante a investigação, os cientistas tentaram relacionar estes períodos de elevada atividade sísmica com outros fatores, e descobriram que o número de terramotos aumenta quando a rotação da Terra diminui ligeiramente.
“A rotação da Terra varia ligeiramente – um milésimo de segundo por dia, às vezes – e esta variação pode ser medida com muita precisão por relógios atómicos”, disse Bilham.
Apesar de a relação entre o comprimento do dia e o aumento do número de sismos não estar completamente clara, alguns cientistas suspeitam que possam haver pequenas mudanças no comportamento do núcleo da Terra que causam ambos os fenómenos.
Na análise, Bilham e Bendick notaram que havia períodos de cinco anos em que o movimento de rotação da Terra desacelerou. Estes períodos foram seguidos por períodos em que o número de terramotos intensos aumentou. “A Terra está a dar-nos um alerta, um pré-aviso de 5 anos sobre os futuros terramotos”.
Esta relação é particularmente importante dado que o movimento de rotação da Terra começou a diminuir periodicamente há mais de quatro anos. “Em 2018, devemos notar um aumento significativo no número de terramotos de magnitude elevada”, explica o investigador.
Bilham refere ainda que durante os últimos quatro anos aconteceram apenas cerca de seis terramotos graves. “Poderíamos ter facilmente 20 sismos por ano a partir de 2018“.
https://zap.aeiou.pt/desaceleracao-da-terra-podera-causar-o-triplo-dos-sismos-em-2018-181148
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