Avançar para o conteúdo principal

37 anos depois, a nossa viajante espacial mais antiga deu sinal de vida

A nave espacial mais distante da humanidade surpreendeu os seus operadores ao atender mais uma ligação. A Voyager 1 recebeu instruções para disparar foguetes que não eram usados ​​há quase 40 anos – e respondeu.

Como primeiro visitante da humanidade no espaço interestelar, a Voyager 1 da NASA revelou-se um soldado resiliente, respondendo a comandos que demoram quase 20 horas a chegar-lhe, realizando tarefas de rotina e transmitindo dados para a Terra.

Lançadas em 1977 pelo JPL, o Jet Propulsion Laboratoty da NASA, as famosas sondas espaciais Voyager 1 e Voyager 2 estabeleceram inúmeros recordes nas suas viagens sem paralelo.

Em 2012, a Voyager 1, tornou-se a primeira nave espacial a entrar no espaço interestelar. A Voyager 2, lançada no dia 20 de agosto de 1977, é a única nave espacial a ter passado por todos os quatros planetas exteriores – Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. As duas naves gémeas transportam um disco dourado com sons, imagens e mensagens da Terra.

Estando agora mais distantes do que qualquer outro dispositivo alguma vez criado pelo Homem, as Voyager já mostraram que continuam a ser uma plataforma científica viável.

Recentemente, a a equipa de astrónomos responsável pela Voyager 1 decidiu testar um conjunto de quatro pequenos foguetes, que não eram usados há 37 anos, para ver se o dispositivo poderia ser orientado remotamente de forma mais eficiente.

Incrivelmente, a Voyager 1 executou a tarefa na perfeição, enviando os resultados dos testes de volta à NASA.

“Cada vez que uma das nossas sondas ultrapassa mais um teste de propulsão, a equipa da Voyager fica muito entusiasmada”, diz o engenheiro da JPL, Todd Barber. “O ambiente foi de alívio, alegria e incredulidade, depois de vermos como estes propulsores funcionaram como se não tivesse passado tempo algum”.

Ao longo dos últimos 30 anos, os propulsores primários da Voyager 1, usados para orientar o sistema de comunicação da nave espacial nas suas transmissões em direcção à Terra — foram exigindo níveis crescentes de energia para funcionar.

E essa energia está a esgotar-se. Dentro de 5 anos, a pequena nave, que se encontra agora a mais de 141 vezes a distância entre a Terra e o Sol, deixará de poder dar-nos notícias, e continuará a sua viagem em silêncio, embalada pela inercia, à espera que um qualquer viajante espacial a encontre um dia e a desperte de novo.

https://zap.aeiou.pt/37-anos-depois-a-nossa-viajante-espacial-mais-antiga-deu-sinal-de-vida-182493

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2017-12-04-Voyager-1-ligou-os-propulsores.-37-anos-depois

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Bolsas europeias recuperam com Trump a adiar para 9 de julho aplicação de direitos aduaneiros de 50% à UE

Futuros das ações subiram depois de o presidente dos EUA ter concordado em adiar a imposição de tarifas de 50% sobre a União Europeia, mas o dólar americano manteve-se sob pressão devido à diminuição da confiança dos investidores, o que levou o euro a atingir um máximo de um mês. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no domingo que tinha concordado em adiar a aplicação de uma tarifa de 50% sobre as importações da UE para 9 de julho, na sequência de um telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O anúncio provocou uma forte recuperação nos futuros das ações dos EUA e deverá impulsionar as ações europeias na segunda-feira. "Concordei com a prorrogação - 9 de julho de 2025 - Foi um privilégio fazê-lo", publicou Trump no Truth Social, citando a declaração de von der Leyen no X, na qual escreveu: "A UE e os EUA partilham a relação comercial mais importante e estreita do mundo. A Europa está pronta para avançar com as conversações de forma rá...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...