Avançar para o conteúdo principal

Porque desmonta a Mazda todos os seus carros para poder vendê-los na Rússia?

Os Mazda são produzidos no Japão, mas ainda param na Coreia do Sul antes de chegarem à Rússia completamente desmontados. Até chegarem a Moscovo, enfrentam temperaturas de 40 graus abaixo de zero.

Mais de sete mil quilómetros separam as cidades de Hiroshima e de Moscovo em linha recta. É na cidade japonesa que a Mazda tem a sua sede e uma das suas fábricas, de onde são fabricados os modelos para o mercado russo.

Daqui, os Mazda ainda têm de percorrer um longo caminho para chegar à capital russa. Primeiro, por navio. Depois, já na Rússia, viajam mais de nove mil quilómetros no comboio trans-siberiano, enfrentando temperaturas que atingem os 40 graus negativos no inverno, conforme conta o jornal espanhol El País.

Os automóveis da marca nipónica, principalmente o SUV CX-5 e a berlinda 6, começam por sair do Japão transportados em navio rumo à Coreia do Sul, onde são depois desmontados um por um e colocados em contentores.

Com o processo concluído, deixam a Coreia do Sul, novamente de navio, rumo ao porto russo de Zarubino, próximo da cidade de Vladivostok. Em território russo, os Mazda voltam a ser completamente montados.

A que se deve este complexo processo? Isto acontece para reduzir as taxas alfandegárias, que podem aumentar em 20% os custos de importação, mas também para reduzir o tempo de entrega.

Novamente montados, os Mazda deixam Vladivostok e partem rumo a Moscovo, atravessando a Sibéria. Com os carros completamente montados, o trajecto de comboio entre Vladivostok e a capital russa demora entre 10 a 16 dias, dependendo do tipo de comboio. Na sua capacidade máxima, um comboio de mercadorias trans-siberiano consegue transportar um máximo de 320 automóveis.

Até chegarem a Moscovo, os Mazda demorariam 40 dias se o trajecto fosse feito totalmente de navio até um porto mais próximo de Moscovo. De comboio, a empresa japonesa consegue assim reduzir até 30 dias o tempo de viagem - e os prazos de entrega.

O complexo processo de entrada dos Mazda na Rússia vai ser coisa do passado a partir de 2019, quando a marca nipónica inaugurar uma segunda fábrica em Vladivostoque que vai permitir fabricar por completo os seus automóveis na Rússia.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/automovel/detalhe/porque-desmonta-a-mazda-todos-os-seus-carros-para-poder-vende-los-na-russia

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

As obras "faraónicas" e os contratos públicos

  Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas.  A obra que vai ficar mais cara ao país é, precisamente, a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária cujos contornos não se entendem, a não ser que seja para encher os bolsos a alguns à custa do contribuinte e da competitividade. Veja o vídeo e saiba tudo em: As obras "faraónicas" e os contratos públicos - SIC Notícias

Franceses prometem investir "dezenas de milhões" na indústria naval nacional se a marinha portuguesa comprar fragatas

  Se Portugal optar pelas fragatas francesas de nova geração, a construtora compromete-se a investir dezenas de milhões de euros na modernização do Arsenal do Alfeite e a canalizar uma fatia relevante do contrato diretamente para a economia e indústria nacional, exatamente uma das prioridades já assumidas pelo ministro da Defesa, Nuno Melo Intensifica-se a "luta" entre empresas de defesa para fornecer a próxima geração de fragatas da marinha portuguesa. A empresa francesa Naval Group anunciou esta terça-feira um plano que promete transformar a indústria naval nacional com o investimento de "dezenas de milhões de euros" para criar um  hub  industrial no Alfeite, caso o governo português opter por comprar as fragatas de nova geração do fabricante francês. "O Naval Group apresentou às autoridades portuguesas uma proposta para investir os montantes necessários, estimados em dezenas de milhões de euros, para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um polo industrial...