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Na Função Pública ganha-se mais 500 euros do que no sector privado

Há 20 anos (antes de Cavaco Silva ser primeiro ministro) os funcionários públicos ganhavam muito menos do que no privado o que era justificado pela segurança no emprego. Agora mantêm a segurança e ainda ganham mais... (excepto dirigentes e informáticos onde continuam a ganhar mais no privado)

O salário médio da Função Pública rondava os 1686 euros, em Julho deste ano, valor que reflecte uma subida de 1,7% relativamente ao mesmo mês em 2016 e que constitui mais 500 euros do que o que se paga, em média, no sector privado.

Os dados são avançados pelo Diário de Notícias, que refere que o ordenado médio, no sector privado, se situava, no final de 2016, nos 1150 euros mensais.

Esta diferença de cerca de 500 euros, entre os salários médios pagos no privado e no público, “explica-se essencialmente pelo facto de as qualificações e a antiguidade serem mais elevadas no Estado”.

Mas analisando a situação em detalhe, nomeadamente por sector de actividade, é possível concluir que o privado paga melhor do que o público em áreas como a Informática e os cargos de liderança.

A remuneração base média mensal da Função Pública situava-se em 1.459,1 euros brutos, em Julho passado, o que representa uma subida de 1,3% em termos homólogos, “por efeito conjugado do impacto das políticas remuneratórias” e “da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios”, refere o documento da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), divulgado nesta quinta-feira.

Já o ganho médio mensal (incluindo suplementos) situou-se em 1.686,9 euros brutos em Julho, indicando um aumento homólogo de 1,7%, pelos mesmos motivos, segundo o documento.

Emprego aumentou 0,8% na Função Pública

O número de funcionários públicos cresceu 0,8% no terceiro trimestre face ao mesmo período do ano passado, para 661.419, segundo a SIEP.

Em Setembro havia, assim, mais 5.259 trabalhadores nas administrações públicas do que no mesmo mês de 2016, revelam os dados da publicação trimestral da Direcção Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Os maiores aumentos homólogos verificaram-se no Ministério da Educação (mais 2.044 trabalhadores do que em Setembro de 2016) e no Sector Empresarial do Estado (mais 1.089 funcionários).

Os contratos a termo na administração pública caíram em 670 face ao mesmo período do ano passado, para um total de 68.302. Já face ao trimestre anterior, a redução foi de 9.902 contratos a termo.

A SIEP revela ainda que, apesar da queda homóloga do número de funcionários, a comparação face ao final de 2016 e ao trimestre anterior, mostra que o número de funcionários públicos caiu 0,4% e 1,0%, respectivamente.

Os ministérios da Educação e do Ensino Superior foram os que mais contribuíram para a redução trimestral, com menos 5.709 postos de trabalho, “reflectindo a actividade do início do ano lectivo 2017/2018, com os processos de colocação dos docentes contratados, dos técnicos superiores para actividade de enriquecimento curricular (AEC) nos estabelecimentos de ensino básico, secundário e superior”, lê-se no documento.

A DGAEP destaca ainda a saída definitiva de médicos nos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde, Entidades Públicas Empresariais (EPE) e Agrupamentos de Centros de Saúde, “por motivos de extinção da relação jurídica de emprego ou caducidade de contrato, entre outros”.

Por outro lado, verificou-se um aumento trimestral de 0,3% na administração local, para 112.059 trabalhadores, devido, sobretudo, a “novos contratos de técnicos superiores (1,3%) e assistentes técnicos (0,4%) para novas actividades culturais, turísticas e de construção”, explica o organismo.

Comparando com o período homólogo, o número de funcionários na administração local aumentou 1,9% (mais 2.059 trabalhadores do que em Setembro de 2016).

https://zap.aeiou.pt/na-funcao-publica-ganha-500-euros-do-no-sector-privado-180594


Comentário do Wilson:
Há 25 anos (antes de Cavaco Silva ser primeiro ministro) os funcionários públicos ganhavam muito menos do que no privado o que era justificado pela segurança no emprego. Agora mantêm a segurança e ainda ganham mais... (excepto dirigentes e informáticos onde continuam a ganhar mais no privado)

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