Avançar para o conteúdo principal

Há dinheiro para todos: mais de um milhão para boys e girls de Lisboa

A proposta de Helena Roseta foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Lisboa. Todos os grupos parlamentares da Assembleia Municipal de Lisboa têm direito a contratar assessores e secretárias com ordenados acima da média.

O jornal Sol denuncia os ordenados acima da média para assessores e secretárias dos deputados do município de Lisboa. Por exemplo, um assessor dos deputados do município de Lisboa ganha 3752 euros por mês, quase tanto como um deputado da Assembleia da República, que ganha, em média, 3816 € mensais.

Já as secretárias auferem cerca de 2800 euros, com um salário acima da média dos professores universitários, médicos ou diplomatas.

O Sol recorda ainda que todos os partidos recebem, dando o exemplo do PAN, que elegeu dois deputados, e recebe 7 mil euros por mês para assessores e/ou secretárias.

A proposta de apoio técnico aos grupos políticos com assento na Assembleia Municipal, foi aprovada na última sexta-feira 23 de novembro, por unanimidade.

No total, durante este mandato, em salários para assessores dos deputados municipais, é gasto 66.419,25 euros a que se somam 14.573 euros com remunerações mensais para secretárias. Significa isto que só em despesas com salários para apoio técnico são gastos todos os meses 80.992,25 euros. No final do ano, a fatura sobe para 971.907 euros (contabilizando 12 meses).

Fora destas contas estão todos os salários com secretárias e assessores do Presidente da Assembleia Municipal e dos dois secretários. Com estes são gastos mais 20.615 euros mensais.

Estas despesas são suportadas pelo orçamento da autarquia que foi apresentado na quarta-feira e que irá ser apreciado em reunião de Câmara no dia 14 de dezembro. Para 2018 a autarquia aponta para uma despesa total de 1.099 milhões de euros.

“Há deputados que eram assessores de si próprios”

Em reacção à notícia avançada, José Eduardo Martins, que foi candidato a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa pelo PSD, que entretanto suspendeu o seu mandato, sugere que “alguém deveria moralizar” a Assembleia Municipal de Lisboa.

“Não deve haver caso igual em todo o país”, diz José Eduardo Martins. “Muitos são os exemplos de tudo o que não devia acontecer. Alguns a raiar o surrealismo como o caso de deputados que eram simultaneamente assessores de si próprios“, acusa o social-democrata no seu perfil no Facebook.

https://zap.aeiou.pt/ha-dinheiro-um-milhao-boys-girls-lisboa-182417

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

BEN, o e-car português, já pode ser conduzido na Europa

  O novo e-car português BEN está já apto a ser conduzido em toda a Europa. O certificado de homologação da União Europeia já foi atribuído e em 2026 deverá começar a produção em larga escala. Está a chegar um novo e-car criado em Portugal . É o  BEN , desenvolvido no Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA), que esta quinta-feira (18 de dezembro)  recebeu o certificado de homologação da União Europeia  - ou seja, na prática, já pode ser conduzido na Europa.   O modelo, de pequenas dimensões,  deverá entrar em produção em larga escala já no próximo ano , não só em Portugal, como também na Europa. Com um preço projetado de 8.000 euros , segundo um comunicado, decorrem negociações para que  em 2030 sejam fabricadas 20 mil unidades por ano  "de forma descentralizada". Trata-se de um e-car acessível, que é também o primeiro do género com contador de emissões de dióxido de carbono evitadas. A tecnologia AYR permite-lhe compensar as emissões origi...

Paguei 61€ por 350 quilómetros de autonomia - Mais caro que gasolina!

  Se há coisa que começo a detestar enquanto testo carros elétricos no meu dia-a-dia, é mesmo o facto de ser impossível perceber o que se vai pagar em cada posto, por muitas contas e simulações que se tente fazer. Aliás, há alguns meses atrás, já contei a história que na minha terra (Salvaterra de Magos), o mesmíssimo posto da terra ao lado (Benavente), é 1 cêntimo mais caro por minuto. O mesmo posto, a mesma energia e potência (11kW), e por isso o mesmo tempo de carregamento.  É mais caro, só porque sim. Até porque o munícipio “ofereceu” o terreno para o carregador. Tal e qual como na terra ao lado. Isto é algo que se repete em todo o lado, e que apesar de estar melhor, ainda é um problema sério para quem apenas quer carregar o seu veículo elétrico para evitar ficar a pé. 61€? Como? Pois bem, há pouco tempo andei a testar um Polestar 3, que tem uma bateria de grandes dimensões (100kWh). Fui dar uma volta a Lisboa para aproveitar as campanhas de Black Friday, e claro, decidi d...