Avançar para o conteúdo principal

Investigadores testam bússola quântica no metropolitano de Londres


 (Foto: Thomas Angus/The Guardian)


Joseph Cotter faz várias viagens no metropolitano de Londres com uma câmara de vácuo de aço inoxidável, com milhões de átomos de rubídio e um conjunto de lasers destinado a arrefecer o equipamento para perto dos zero graus. Este equipamento é usado para desenvolver uma bússola quântica, uma solução que explora o comportamento da matéria subatómica para desenvolver aparelhos que revelam a sua localização independentemente de onde estejam, abrindo novas possibilidades para sensores subterrâneos e subaquáticos.


“Estamos a desenvolver novos sensores muito precisos, que usam mecânica quântica e que mostram um grande potencial em laboratório. No entanto são menos precisos em cenários da vida real. É por isso que os levamos para o metropolitano. É o local ideal para ‘limar as arestas’ e ter o nosso equipamento a funcionar na vida real”, conta Cotter ao The Guardian.



A bússola quântica consegue apontar a localização de aviões, carros e outros objetos sem necessitar de sinais exteriores e sem poder ser bloqueada. Este sistema também não é vulnerável, por exemplo, a condições atmosféricas adversas ou à influência de edifícios altos ou outras construções no seu funcionamento.


No centro desta solução está um acelerómetro que mede como a velocidade de um objeto muda com o tempo. Esta informação, em combinação com outros dados, permite o cálculo das posições futuras. Com a mecânica quântica, os cientistas conseguem ter dados mais precisos ao medir as propriedades de átomos superfrios. “Quando os átomos estão ultra-frios, podemos usar a mecânica quântica para descrever como se movem e isto permite-nos fazer medições precisas sobre como o nosso aparelho está a mudar de posição”, explica Cotter.


Nos testes, realizados em carruagens de teste, o rubídio é introduzido na câmara de vácuo, com os lasers a arrefecer os átomos a uma temperatura bastante próxima dos zero graus e para condições em que as alterações provocadas pela aceleração do veículo podem ser medidas com precisão. O conceito funciona em laboratório e a equipa liderada por Cotter pretende testar em condições mais próximas da realidade, em veículos em movimento e sem grandes pontos de referência, como a rede de metropolitano.


Exame Informática | Investigadores testam bússola quântica no metropolitano de Londres (visao.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Novo passo na guerra: soldados norte-coreanos preparam tudo para entrar na Ucrânia

 A chegar às fileiras de Moscovo estão também mais armas e munições A guerra na Ucrânia pode estar prestes a entrar numa nova fase e a mudar de tom. Segundo a emissora alemã ZDF, a Rússia começou a transferir sistemas de artilharia de longo alcance fornecidos pela Coreia do Norte para a Crimeia, território ucraniano anexado pela Federação Russa em 2014. Trata-se de uma escalada significativa da colaboração militar entre Moscovo e Pyongyang, e um indício claro de que o envolvimento norte-coreano no conflito pode estar prestes a expandir-se dramaticamente. Imagens divulgadas online no dia 26 de março mostram canhões autopropulsados norte-coreanos Koksan a serem transportados por comboio através do norte da Crimeia. Estes canhões de 170 milímetros são considerados dos mais potentes do mundo em termos de alcance: conseguem atingir alvos a 40 quilómetros com munições convencionais e até 60 quilómetros com projéteis assistidos por foguete. Até agora, os militares norte-coreanos só tinham...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...