Avançar para o conteúdo principal

7 dos 10 políticos mais ricos de Portugal são do PS

O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, tem um património superior a 11,5 milhões de euros, sendo assim o político em funções mais rico de Portugal. Os dados são avançados pela revista Sábado que fez a lista dos políticos portugueses com maior fortuna.

A publicação analisou as declarações de rendimentos e de património que os políticos em funções têm que enviar ao Tribunal Constitucional (TC), contabilizando dados relativos a contas bancárias, participações em empresas, investimentos financeiros e bens imobiliários.

Há 11 políticos que têm um património global superior a um milhão de euros, com Basílio Horta à cabeça como o mais rico de todos, com um património avaliado em 11.545.102 euros.

No início deste ano, foi notícia que o Ministério Público pretendia explicações quanto à origem de 6,5 milhões de euros que Basílio Horta declarou ter em três depósitos a prazo, na declaração de rendimentos apresentada ao TC.


Antes disso, o autarca já tinha dado que falar pelo que definiu como “uma gralha”, depois de ter comunicado ao TC, por duas vezes, que tinha um depósito no Banco de 5.600 euros quando, afinal, era de 5,6 milhões.

Nessa altura, Basílio Horta assegurou ao Correio da Manhã que os seus rendimentos têm “origem no trabalho, investimentos, juros de capital, rendimentos prediais rústicos e urbanos, heranças e venda de património urbano”.

No segundo lugar da lista de políticos mais ricos, surge Jorge Gomes, ex-Secretário de Estado da Administração Interna e ex-Governador Civil de Bragança, e também empresário do ramo da informática, com um património global de 4.411.061 euros.

O ministro adjunto Pedro Siza Vieira é o terceiro mais rico, com 2.851.610 euros. Ele esteve, recentemente, envolvido numa polémica por ter aberto uma imobiliária um dia antes de entrar no Governo. E também só deixou a presidência da Mesa da Assembleia Geral da Metro e Transportes do Sul um mês depois de ter tomado posse como ministro, uma situação de incompatibilidade.


O médico António Sales do PS é o quarto político mais rico, seguindo-se a deputada d PSD Paula Teixeira da Cruz, advogada que foi ministra da Justiça do Governo PSD/CDS, ambos com um património superior a 2 milhões de euros.

A deputada socialista Margarida Marques, ex-Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, tem um património de mais de 1,6 milhões de euros, não tendo declarado salários ao TC, segundo a Sábado.

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, é o sétimo político mais rico, com um património superior a 1,5 milhões de euros. E é mais um nome que não escapa a polémicas, nomeadamente por causa do chamado caso Selminho, a imobiliária da família do autarca que mantém um litígio com a Câmara do Porto.

Na lista dos políticos mais ricos, surgem ainda o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e a diplomata Ana Paula Zacarias, cada um com patrimónios superiores a um milhão de euros.

O advogado Fernando Anastácio, deputado do PS, tem um património de 1.146.968 euros. Em 2017, o seu nome foi envolvido numa polémica por não ter declarado no registo de interesses do Parlamento que detinha uma participação numa offshore em Malta, país que é considerado um paraíso fiscal. Anastácio integra a subcomissão de Ética da Assembleia da República e a Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no exercício de Funções Públicas, exercendo, ao mesmo tempo, como advogado na sua empresa, e detendo ainda cargos de administração em três empresas, nas áreas da consultoria, imobiliário e turismo, como noticiou o Público.

Finalmente, a fechar a lista dos 11 políticos com rendimentos superiores a 1 milhão de euros, surge o deputado do PSD Carlos Peixoto, advogado e presidente da comissão politica distrital dos sociais-democratas na Guarda.

A investigação da Sábado inclui as declarações de rendimentos do Presidente da República e do primeiro-ministro, bem como dos demais elementos do Governo e dos deputados.

As contas efectuadas indicam que há 39 políticos com patrimónios superiores a 500 mil euros, e 133 com valores acima dos 100 mil euros. Somando tudo, e considerando os elementos do Governo, deputados e presidentes de Câmara, estamos a falar de um valor global de 73 milhões de euros.

A Sábado nota, ainda, que cerca de 83% das declarações enviadas ao TC levantam dúvidas quanto aos elementos declarados.

https://zap.aeiou.pt/politicos-mais-ricos-de-portugal-219252

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Governo altera regras de ISV para híbridos plug-in

  Híbridos plug-in vão continuar a pagar menos ISV, mas o Governo alterou as regras para evitar agravamento fiscal. Saiba o que está em causa. Atualmente, os  híbridos  plug-in  (que ligam à tomada) têm uma redução de 75% no ISV (Imposto Sobre Veículos), caso tenham uma autonomia mínima elétrica de 50 km e emissões de dióxido de carbono oficiais inferiores a 50 g/km. A partir de 2026, o Governo mantém a redução de 75% do ISV, mas vai aumentar o limite de 50 g/km de CO 2  para 80 g/km, de acordo com o que foi divulgado pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) ao  Expresso . © Volvo A razão para elevar o limite mínimo de emissões deve-se à entrada em vigor, a partir de janeiro de 2026, da norma Euro 6e-bis. Entre várias alterações, a norma vai alterar também a forma como são certificados os consumos e emissões dos híbridos  plug-in , refletindo melhor o uso real destes veículos. Resultado? A maioria dos valores de CO 2  homologados vão subir. Ca...