Avançar para o conteúdo principal

As cidades europeias estão mais quentes. Portugal está no fim da lista

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

As cidades europeias estão, em média, um grau mais quentes do que no século passado. No topo da lista, está Kiruna. Nesta localidade no Norte da Suécia — e 200 quilómetros acima do Círculo Polar Árctico —, a temperatura média dos últimos 17 anos foi 3,4 graus superior ao registado no período entre 1900 e 1999. Fredrikstad, na Noruega, e Lappeenranta, na Finlândia, que aqueceram três graus, completam este top. Os países nórdicos, a Europa de Leste e o Sul de Espanha também estão entre aqueles onde os termómetros locais mais subiram. As cidades portuguesas foram as que menos aqueceram.

Os dados, do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF, na sigla em inglês), resultam da análise feita pela European Data Journalism Network — rede de jornalismo de dados da qual o PÚBLICO é parceiro — às temperaturas médias registadas diariamente em 558 cidades europeias desde 1900. Os números disponibilizados pelo ECMWF são provenientes de informação de diferentes fontes, que é harmonizada para possibilitar comparações no tempo e no espaço. É a primeira vez que esta quantidade de dados é disponibilizada e analisada em conjunto.

Em Portugal, foi Évora que mais aqueceu nos últimos 17 anos quando comparada com a média do século passado. Foram 0,8 graus Celsius. Ponta Delgada, com mais 0,1ºC, é a menos quente. Em território nacional, foram ainda observados os dados para Coimbra (+ 0,7ºC), Lisboa (+ 0,7ºC), Beja (+ 0,6ºC), Vila Nova de Gaia (+ 0,6ºC), Funchal (+ 0,4ºC), Faro (+ 0,4ºC), Aveiro (+ 0,3ºC), Sintra (+ 0,2ºC), Matosinhos (+ 0,2ºC) e Setúbal (+ 0,2ºC). Das cidades portuguesas em estudo, as mais quentes continuam a ser Funchal e Ponta Delgada, por esta ordem.

https://www.publico.pt/2018/09/24/sociedade/noticia/as-cidades-europeias-estao-mais-quentes-portugal-esta-no-fim-da-lista-1844739

Comentários

Notícias mais vistas:

Está farto de chamadas comerciais ‘spam’? Decore estas três frases ‘mágicas’ que o podem safar

 As chamadas comerciais, muitas vezes referidas como chamadas spam, são aquelas em que empresas contactam os consumidores para tentar vender produtos ou serviços. Estas chamadas tornaram-se uma das maiores fontes de irritação para os utilizadores, principalmente porque, na maioria das vezes, os produtos oferecidos não são do interesse de quem atende. Além disso, essas chamadas tendem a acontecer nos momentos mais inconvenientes, como quando acabamos de fechar os olhos para uma sesta ou enquanto estamos a pagar as compras no supermercado. Pior ainda, não se trata apenas de uma única chamada por dia; há casos em que os consumidores recebem várias dessas chamadas indesejadas em poucas horas, o que aumenta o nível de frustração. Com o crescimento da cibercriminalidade, as chamadas telefónicas tornaram-se também uma via popular para fraudes, o que faz com que os consumidores queiram eliminar este tipo de contactos para evitar confusões entre chamadas legítimas e tentativas de burla. Ape...

Os professores

 As últimas semanas têm sido agitadas nas escolas do ensino público, fruto das diversas greves desencadeadas por uma percentagem bastante elevada da classe de docentes. Várias têm sido as causas da contestação, nomeadamente o congelamento do tempo de serviço, o sistema de quotas para progressão na carreira e a baixa remuneração, mas há uma que é particularmente grave e sintomática da descredibilização do ensino pelo qual o Estado é o primeiro responsável, e que tem a ver com a gradual falta de autoridade dos professores. A minha geração cresceu a ter no professor uma referência, respeitando-o e temendo-o, consciente de que os nossos deslizes, tanto ao nível do estudo como do comportamento, teriam consequências bem gravosas na nossa progressão nos anos escolares. Hoje, os alunos, numa maioria demasiado considerável, não evidenciam qualquer tipo de respeito e deferência pelo seu professor e não acatam a sua autoridade, enfrentando-o sem nenhum receio. Esta realidade é uma das princip...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...