Avançar para o conteúdo principal

Sequestro de casas

Sai de férias, a sua casa é ocupada e tem que pagar ao criminoso o que ele quiser para sair de sua casa!
Se o dono tentar entrar em sua casa é o dono quem vai preso! a Lei protege o criminoso.

Entraram na casa que tinha para vender e mudaram-lhe a fechadura? Temos pena!
Em Espanha, vários grupos criminosos têm ocupado casas não habitadas, que estão para vender ou para arrendar, e mudam as fechaduras, exigindo milhares de euros aos proprietários para as abandonarem.

A lei espanhola não permite que os donos entrem na própria casa se a fechadura foi mudada sem que estejam a cometer um crime – facto que os criminosos aproveitam para pedir dinheiro aos proprietários que queiram voltar para a moradia.

“Na verdade, se o legítimo proprietário entrasse na casa iria ser culpado de um possível roubo, e até o corte da água e eletricidade poderia ser considerado um crime também”, diz o advogado Toni Garriga, citado pelo El País.

O fenómeno acontece por toda a Espanha, mas a Catalunha tornou-se no epicentro destas práticas, nos últimos anos.

O jornal espanhol relata a história de Bruno, um indivíduo que passou um mês a viver com a família e os amigos numa casa que não era sua, em Catelldefels, perto de Barcelona.

Bruno terá mudado a fechadura da moradia e não saiu de lá sem que os proprietários lhe pagassem milhares de euros.

Os criminosos aproveitam as lacunas na lei espanhola que fazem com que, para os proprietários, seja mais rentável pagar aos “sequestradores de casas” do que esperar por um processo judicial – e há casos em que a própria polícia recomenda as vítimas a negociarem.

O presidente da Associação de Propriedade Imobiliária, Joan Ollé, afirma que estes crimes são “altamente preocupantes” porque os ocupantes já têm o processo todo estudado.

“Isso já está organizado, os grupos já têm os seus advogados e sabem que tipo de casa devem ocupar e quem são os proprietários. No fim, o legítimo dono não tem direitos – sai de férias, a casa é ocupada e tem de provar que é sua”, sublinhou.

As autoridades têm alertado para o facto de este tipo de criminalidade estar a aumentar cerca de 15% em Espanha, todos os anos.


Em: http://zap.aeiou.pt/sequestro-de-casas-um-crime-cada-vez-mais-rentavel-em-espanha-130061

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...