Avançar para o conteúdo principal

Estado assume dívida de 700 milhões da Carris

O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que a transferência da Carris para a Câmara de Lisboa mostra que o “bom senso prevaleceu sobre o fanatismo ideológico” e que o Estado não faz favor nenhum ao assumir a dívida existente.

“O Estado não faz nenhum favor, porque mantém-se responsável pelo que já é responsável, que é a dívida que criou”, afirmou António Costa, referindo-se ao valor que, no ano passado, ascendia a cerca de 700 milhões de euros.

O primeiro-ministro intervinha na cerimónia da assinatura do memorando da passagem de gestão da rodoviária Carris para a Câmara Municipal de Lisboa, no Museu da Carris.

António Costa argumentou que a dívida das empresas de transporte coletivo resultou “de um incumprimento, durante 40 anos, em sucessivos Governos das obrigações do Estado”, que, ao assumir a dívida da Carris, não “ficará com nenhuma obrigação que já não seja sua”.

Este processo representou que “o bom senso prevaleceu sobre o fanatismo ideológico” de quem entendia que só o privado podia gerir bem um serviço público, defendeu o primeiro-ministro, considerando que o acordo hoje assinado põe fim a um “contencioso histórico”.

António Costa disse ainda que no Porto processo idêntico será feito mas em duas etapas, primeiro a transferência da gestão, e só depois a transferência de propriedade da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), que serve seis municípios.

O objetivo é a manutenção da natureza pública do sistema de transportes, assegurando-lhe uma gestão municipal, disse, confessando alguma “inveja” do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

“Confesso alguma inveja, mas quero desejar as maiores felicidades. Mudei de funções mas não mudei de ideias e posso dar cumprimento as ideias que já tinha”, disse António Costa, que foi o anterior presidente da Câmara de Lisboa.


Em: http://zap.aeiou.pt/estado-assume-divida-historica-700-milhoes-da-carris-138685

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Foram necessários 250 anos para construir o que Trump está a tentar destruir

Os esforços do presidente Donald Trump para reformular o governo federal o máximo possível e o mais rapidamente possível destruiriam agências que existem há décadas ou mais. Os seus planos mais amplos reformulariam elementos da infraestrutura governamental que existem há séculos. De Benjamin Franklin a John F. Kennedy e de Richard Nixon a Barack Obama, foi necessária toda a história dos Estados Unidos para construir parte do que Trump tem falado em tentar destruir, privatizar ou reformular. E isso sem contar as reformas que ele está a planear para programas de segurança social, como a  Previdência Social  e o Medicare,  que ele afirma , sem provas, estarem  cheios de fraudes , mas que também estão em caminhos objetivamente  insustentáveis . Serviço Postal dos EUA Estes dois selos postais dos Estados Unidos, com as imagens de Benjamin Franklin e George Washington, entraram em vigor a 1 de julho de 1847.  (Museu Postal Nacional Smithsonian) Fundado em 1775 Os...

Porque é que os links são normalmente azuis?

WWW concept with hand pressing a button on blurred abstract background Se navega na Internet todos os dias já reparou certamente numa constante: as hiperligações são quase sempre azuis. Este pequeno detalhe é tão comum que poucos param para pensar na sua origem. Mas porquê azul? Porquê não vermelho, verde ou laranja? A resposta remonta aos anos 80, e envolve investigação científica, design de interfaces e… um professor com uma ideia brilhante. Vamos então explicar-lhe qual a razão pela qual os links são normalmente azuis. Porque é que os links são normalmente azuis? Antes da Web, tudo era texto Nos primórdios da Internet, muito antes do aparecimento dos browsers modernos, tudo se resumia a menus de texto longos e difíceis de navegar. Era necessário percorrer intermináveis listas de ficheiros para chegar à informação pretendida. Até que, em 1985, Ben Shneiderman, professor da Universidade de Maryland, e o seu aluno Dan Ostroff, apresentaram uma ideia revolucionária: menus embutidos, que...