Avançar para o conteúdo principal

Afinal as estrelas podem renascer

SAO 244567: e uma estrela renasceu

Os dados captados pelo telescópio Hubble permitiram descrever o processo de renascimento de uma estrela. Veja a animação da ESA que resume num minuto um processo com mais de 10.500 anos.

Das estrelas espera-se que cintilem, iluminem ou até caiam. SAO 244567 distinguiu-se por outro fenómeno: o renascimento. De acordo com a Wired, a estrela a mais de 2700 anos-luz de distância da Terra tornou-se a primeira a figurar na história da Astronomia por ter sido estudada tanto nas fases de aquecimento como de arrefecimento que compõem o renascimento das estrelas. Pode parecer uma distinção um pouco forçada, mas a própria limitação do ser humano ajuda a explicar o entusiasmo dos investigadores da Universidade de Leicester, Reino Unido, que lograram realizar este feito: foi preciso analisar dados recolhidos pelo Telescópio Hubble durante 30 anos para poder, finalmente, descrever todo ciclo de renascimento de uma estrela.

É com base nos dados recolhidos durante as últimas três décadas que foi produzida a animação que se encontra inserida nesta página. A animação inicia-se numa data algures entre os 10.300 anos Antes de Cristo (AC), quando media 152 vezes a dimensão do Sol e tinha uma temperatura de “apenas” 3500 graus célsios.

Passados 10.000 anos (pouco antes do nascimento de Cristo, portanto), a SAO 244567 já só tinha uma dimensão 40 vezes superior à do Sol, mas a temperatura havia subido para os 6800 graus. Nos tempos que se seguem a temperatura terá continuado a aumentar, até desencadear um fenómeno que a Agência Espacial Europeia (ESA) descreve como fusão de Hélio.

Com o aquecimento a subir até aos 21 mil graus, a cor da estrela evoluiu para tons de azul e branco e o tamanho diminuiu para o quádruplo do Sol. Em 2002, a estrela SAO 244567 terá alcançado o momento alto da contração chegando a uma temperatura de 60 mil graus. Nesse ano, a estrela já só media um terço do Sol.

O renascimento, ou melhor, a expansão da estrela já está atualmente em marcha: a SAO 244567 já passou a medir dois terços do Sol e a temperatura já desceu para os 50 mil graus.

Toda esta evolução pode ser visualizada na animação inserida nesta página (autoria da animação: ESA/Hubble, L. Calçada).


Em: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2016-09-14-SAO-244567-e-uma-estrela-renasceu


Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=0YQk45LeOOM

Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

OE2026: 10 medidas com impacto (in)direto na carteira dos portugueses

  O Governo entregou e apresentou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, mas com poucas surpresas. As mudanças nos escalões de IRS já tinham sido anunciadas, bem como o aumento nas pensões. Ainda assim, há novidades nos impostos, alargamento de isenções, fim de contribuições extraordinárias e mais despesa com Defesa, 2026 vai ser “um ano orçamental exigente” e a margem disponível para deslizes está “próxima de zero”. A afirmação em jeito de aviso pertence ao ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e foi proferida na  apresentação da proposta de Orçamento do Estado  para o próximo ano. O excedente é de cerca de 230 milhões de euros, pelo que se o país não quer voltar a entrar num défice, a margem para mais medidas é "próxima de zero". "Os números são o que são, se não tivéssemos os empréstimos do PRR não estaríamos a fazer alguns projetos", apontou, acrescentando que não vai discutir o mérito da decisão tomada relativamente à 'bazuca europ...

Bruxelas obriga governo a acabar com os descontos no ISP

 Comissão Europeia recomendou o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis. “Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos”, afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou esta quinta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa. O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido “o único reparo” que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido "ajusta...