Avançar para o conteúdo principal

Vamos falar dos conteúdos que ainda tem em CD e DVD?



Neste artigo, vamos falar de como pode preservar os conteúdos que ainda tem em CD e DVD.

Se, no passado, gravou conteúdos em CD-R ou DVD-R para arquivo ou para qualquer outra aplicação, a notícias não são muito boas. Os dados que estão nesses suportes vão acabar por desaparecer. Os discos ópticos graváveis têm um tempo de vida relativamente curto, mas há formas de recuperar os dados e protegê-los para que não se percam.

Os discos ópticos para gravação não são iguais aos que já trazem filmes ou música. Nestes últimos, os conteúdos são “prensados” no suporte de uma forma semelhante à usada para fabricar discos de vinilo. Esses discos têm um revestimento de metal que ajuda a proteger o suporte do laser usado para ler os dados e também de efeitos ambientais.

Os discos ópticos para graváveis não têm esta protecção e isso faz com que o pigmento onde os dados estão guardados fique vulnerável. Um outro problema é o pigmento ser instável e começar a deteriorar-se logo após a gravação.

Qual é a longevidade dos CD?

Os discos compactos nunca foram pensados para durar muito tempo, foram desenhados para serem produzidos em grandes quantidades e muito rapidamente. Simplificando, os CD são mais baratos e mais fáceis de de produzir que os discos de vinilo e cassetes. De uma forma geral, os CD prensados duram cerca de 100 anos, partindo do princípio que o fabrico correu bem. Por outro lado, pensa-se que os suportes ópticos para gravação directa duram cerca de 10 anos, mas, no final do dia, tudo depende da marca, da forma como são manuseados e a temperatura do local onde estiverem guardados.

Apesar de os CD comerciais prensados serem mais resistentes, também não são imunes à degradação. Para além dos riscos que podem advir do manuseamento, existem outros factores que podem estragar um CD, como a poluição, a oxidação da camada metálica, flutuações de temperatura e até o laser do leitor pode danificar os discos.

Fazer cópias de segurança de CD

Para copiar o conteúdo de discos compactos (CD, DVD, Blu-ray) tem, naturalmente, de ter uma drive óptica externa ou um computador com uma drive deste tipo (o que já é uma raridade).

Apesar de já não serem muito usadas actualmente, muitas lojas ainda vendem drives ópticas externas compatíveis com praticamente todos os tipos de discos ópticos. As mais baratas são as compatíveis com CD e DVD, já as drives Blu-ray podem ser mais caras. Pode ver aquiaqui e aqui. Neste aspecto, o melhor conselho que podemos dar é escolher sempre as marcas mais conhecidas.

Copiar os dados de um CD

Partindo do princípio que o disco ainda pode ser lido, os dados ainda podem ser copiados. O processo de cópia depende do tipo de disco, o software que pode usar é gratuito e, em alguns casos, já está instalado no computador.

CD de áudio

Se o disco for um CD de áudio, pode usar software específico para copiar os temas para ficheiros de áudio. Se o seu computador for um Mac, pode usar o iTunes. Se estiver a usar um PC, pode usar o Windows Media Player e até é possível copiar a música para ficheiros de áudio sem perdas para ficarem com a melhor qualidade possível.

Filmes

WinX

Os filmes podem ser copiados de uma forma semelhante ao áudio, mas, neste caso, tem mesmo de usar software especial para o fazer, como WinX DVD Ripper. A cópia de filmes também obriga a ajustar vários parâmetros diferentes para se conseguir obter a melhor imagem que é possível. Por isso, o melhor é fazer alguma investigação para saber o que deve mudar.

Dados

Quando insere um disco óptico com dados no computador, este deve aparecer como qualquer outro tipo de drive externa, como uma pen USB. Para copiar dados a partir do disco, seleccione os ficheiros e arraste-os para a pasta ou drive de destino. Pode ser interna ou externa.

Software

Se tiver um CD com software, é muito provável que o seu computador moderno não consiga lê-lo, mas o sistema operativo deve conseguir detectar o disco sob a forma de um suporte de dados. Neste caso, o melhor é criar uma imagem do disco que gera um ficheiro que contém tudo o que estiver gravado no disco, incluindo todos os ficheiros e a sua organização.

IMGBurn

Apesar de o Windows conseguir montar imagens de CD como drives, o sistema não tem nenhuma ferramenta incluída para as criar. Mas estão disponíveis muitos programas que o conseguem fazer, como o ImgBurn. Se estiver a usar um Mac, pode usar o Utilitário de Discos incluído no macOS para o fazer.

O que fazer se o disco estiver ilegível?

Se inserir um disco compacto na drive e nada acontecer siga os conselhos abaixo para tentar resolver o problema.

Limpe o disco

As impressões digitais, riscos e sujidade na superfície de um disco óptico têm um grande impacto na possibilidade de serem lidos correctamente. Para limpar um disco destes, use um pano de microfibra seco. Não é recomendável usar solventes ou quaisquer tipos de sprays. Limpe o disco do cento para a parte de fora enquanto aplica uma pressão moderada. Repita o processo até remover toda a sujidade do disco.

Use software de recuperação

ISOBUSTER

Estão disponíveis vários programas que afirmam que conseguem recuperar dados a partir de suportes ópticos danificados ou ilegíveis. O Isobuster e o Recovery Toolbox são dos mais populares, mas há muitos outros. Para tentar reduzir as expectativas, o facto é que apesar de as garantias que os responsáveis por estes programas dão é muito possível que não consigam recuperar nada. Mas tudo depende de caso para caso.

Serviços de recuperação de dados

Muitos das empresas especializadas em recuperação de dados também anunciam que podem salvar dados que estão em suportes ópticos, mas o preço pode ser proibitivo. Apesar de as hipóteses de recuperar alguma coisa se recorrer a estes serviços, também não há garantias de que sejam 100% eficazes. Mas, se tiver dados importantes num destes discos e precisar mesmo de os recuperar pode experimentar entrar em contacto com uma empresa destas.

A alternativa M-Disc

Como se pode ver, os discos compactos graváveis tradicionais não sã uma boa opção para guardar dados a longo prazo, mas há um tipo de discos que supostamente podem durar 1000 anos, os M-Disc, ou Millennial Discs.

Um M-Disc gravado (esquerda) e um em branco (direita).
Imagem – Wikipedia – CC BY-SA 4.0

Ao contrário dos outros discos graváveis, os M-Discs não usam um pigmento orgânico, em vez dele usam a camada semelhante a pedra. Como os dados são gravados nesta camada, ficam imunes à degradação, o que torna estes discos ideais para armazenamento de dados a longo prazo. Claro que o preço dos M-Discs é bastante mais alto que o dos CD tradicionais e outra coisa que tem de ter em atenção é se o seu gravador é compatível. Pode ver aqui.

Apesar de os CD serem um formato cada vez menos utilizado, é muito possível que tenha em casa discos com dados importantes. Quer sejam fotografias, música, filmes ou outros dados, deve copiá-los para que não se percam para sempre. 


CD DVD: Recuperar Dados e Protegê-los (pcguia.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Um novo visitante interestelar está a caminho do nosso Sistema Solar

O cometa 3I/ATLAS é o terceiro  destes raros visitantes que oferece aos cientistas   uma rara oportunidade de estudar algo fora do nosso Sistema Solar. U m novo objeto vindo do espaço interestelar está a entrar no nosso Sistema Solar. É apenas o terceiro alguma vez detetado e, embora não represente perigo para a Terra, está a aproximar-se - e poderá ser o maior visitante extrassolar de sempre. A  NASA confirmou  esta quarta-feira a descoberta de um novo objeto interestelar que passará pelo nosso Sistema Solar. Não representa qualquer ameaça para a Terra, mas passará relativamente perto: dentro da órbita de Marte. Trata-se apenas do   terceiro objeto interestelar   alguma vez detetado pela humanidade. E este, além de estar a mover-se mais depressa do que os anteriores, poderá ser o maior. Um brilho vindo de Sagitário A 1 de julho, o telescópio  ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) , instalado em Rio Hurtado, no Chile, registou um brilho...

A otimização de energia do Paquistão via mineração de bitcoin recebe 3 meses de teste após a rejeição parcial do FMI

  FMI rejeita parcialmente proposta do Paquistão para mineração de Bitcoin com eletricidade subsidiada O Fundo Monetário Internacional (FMI) recusou-se a endossar totalmente a proposta do Paquistão para uma tarifa de eletricidade subsidiada destinada a impulsionar operações de mineração de Bitcoin, segundo noticiou o portal local Lucro a 3 de julho. De acordo com o relatório, Fakhray Alam Irfan, presidente do Comité Permanente de Energia do Senado do Paquistão, revelou que o FMI aprovou apenas um período de alívio de três meses — metade dos seis meses inicialmente propostos — alegando riscos de distorção do mercado e pressão adicional sobre o já sobrecarregado setor energético do país. Esta rejeição parcial reflete o ceticismo mais amplo do FMI relativamente à adoção de criptomoedas a nível nacional. Alertas semelhantes foram dirigidos a outros países, como El Salvador, onde o FMI desaconselhou o envolvimento direto do governo na mineração e acumulação de Bitcoin. Importa referir ...

Largo dos 78.500€

  Políticamente Incorrecto O melhor amigo serve para estas coisas, ter uns trocos no meio dos livros para pagar o café e o pastel de nata na pastelaria da esquina a outros amigos 🎉 Joaquim Moreira É historicamente possível verificar que no seio do PS acontecem repetidas coincidências! Jose Carvalho Isto ... é só o que está á vista ... o resto bem Maior que está escondido só eles sabem. Vergonha de Des/governantes que temos no nosso País !!! Ana Paula E fica tudo em águas de bacalhau (20+) Facebook