A transportadora aérea desembolsou 9,3 milhões de euros a 14 administradores que saíram da empresa entre 2019 e 2022. As contas, que incluem já o valor pago a Alexandra Reis, constam de um relatório da consultora EY entregue à CPI.
A TAP pagou 9,3 milhões de euros em indemnizações a 14 administradores que saíram da companhia entre 2019 e 2022. A revelação foi feita esta quarta-feira, 14, pelo deputado da Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco.
Durante a audição do ex-secretário de Estado das Infraestruturas, na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP (CPI), o deputado detalhou algumas da conclusões que constam de um relatório pedido pela TAP à consultora EY sobre as indemnizações pagas na transportadora aérea.
A TAP desembolsou 8,5 milhões de euros a 13 administradores sendo que a quantia ultrapassa os nove milhões de euros considerando já o pagamento a Alexandra Reis. Bernardo Blanco adiantou ainda que o documento, que já foi entregue à CPI, refere que foram pagos mais de 40 milhões de euros em indemnizações superiores a 100 mil euros a 296 pessoas.
Questionado pelo deputado da Iniciativa Libera, Hugo Mendes disse não conhecer o relatório nem ter informação sobre o valor das indemnizações pagas a administradores.
"A TAP tinha 83 milhões de euros provisionados para este processo [para a saída de trabalhadores por rescisões de mútuo acordo no âmbito do processo de reestruturação]. Havia um teto máximo de 250 mil euros, que acredito que tenha sido atingido por muitos pilotos", justificou.
"De administradores não tenho conhecimento de nada. Acho estranho que alguma dessa indemnização tenha acontecido a partir do momento em que Estado recupera o controlo [da companhia, em 2020]", apontou.
O ex-secretário de Estado das Infraestruturas, que apresentou a demissão em conjunto com Pedro Nuno Santos, a 29 de dezembro de 2022, a propósito da polémica indemnização paga a Alexandra Reis, inaugura esta quarta-feira a última semana de audições da CPI. Amanhã será a vez do ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação regressar ao Parlamento, depois de na semana passada ter prestado declaração na Comissão de Economia. Por fim, na sexta-feira, será a vez do ministro das Finanças, Fernando Medina, que encerrará o ciclo das audições presenciais da CPI à TAP.
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