Inundada, sem água potável ou esgotos a funcionar, Oleshky na região de Kherson "está à beira de um desastre humanitário"
A destruição da barragem hidroelétrica de Kakhovka com um ataque russo a 6 de junho, está a gerar situações críticas em zonas ocupadas da Ucrânia,, como é o caso de Oleshky, na região de Kherson, onde o mau cheiro devido às enchentes está a tornar-se insuportável, a par de esgotos que não funcionam, e falta de água potável ou eletricidade.
“Há um grande número de vítimas lá, há um fedor terrível em Oleshky agora - o esgoto não funciona, não há eletricidade e água potável em quase todos os lugares, a cidade está à beira de uma crise humanitária”, alertou Oleksandr Prokudin, chefe da Administração Militar Regional de Kherson, citado pela agência Ukrinform, referindo que “as pessoas mortas permanecem sob os escombros das suas casas”.
O drama é maior já que as autoridades russas de ocupação não autorizam que se examinem devidamente os corpos, que continuam a ser retirados, para estabelecer a causa de morte - determinada oficialmente em 11 moradores mortos na cidade.
“Esse número é muito subestimado porque a Rússia tenta esconder mortes de pessoas em massa, os médicos não podem examinar os corpos que chegam para estabelecer a causa da sua morte”, detalhou o chefe militar de Kherson, referindo que em outras zonas ocupadas, como Hola Prystan, a situação também é muito difícil.
Dados preliminares avançados pela Ukrinform dão conta de “centenas de residentes dda parte inundada de Oleshky que morreram porque os russos se recusaram a evacuar aqueles que não tinham passaporte russo”.
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