Avançar para o conteúdo principal

Sensor deglutível e autossuficiente ajuda a monitorizar saúde intestinal



 Investigadores da Universidade de San Diego criaram um sensor que não precisa de bateria, pode ser engolido e providencia dados essenciais para monitorizar a saúde intestinal dos pacientes em tempo real

Osensor desenvolvido por uma equipa de engenheiros da Universidade de San Diego, em cooperação com investigadores de outras instituições, providencia dados em tempo real sobre os metabólitos dos intestinos dos pacientes. Esta cápsula, de 2,6 centímetros, pode ser engolida, não precisa de bateria e gera resultados contínuos, com leituras que podem ser captadas de cinco em cinco segundos ou com uma frequência maior. Os dados recolhidos ajudam a estudar a nutrição dos pacientes, diagnosticar o estado de saúde ou aplicar tratamentos.


Ernesto De La Paz Andres, estudante de nanoengenharia na Universidade e um dos autores do estudo, explica que “nos nossos testes, o biossensor sem bateria conseguiu monitorizar continuamente os níveis de glucose no intestino de porcos durante 14 horas após a ingestão, com medidas a cada cinco segundos ou em intervalos de duas a cinco horas”, cita o EurekaAlert. A equipa quer agora trabalhar para reduzir o tamanho do sensor para poder ser engolido mais facilmente.


Este método abre caminho a formas mais confortáveis e fáceis de obter este tipo de monitorização, além de poder vir a ser muito mais económico também. Patrick Mercier, professor de engenharia da Universidade e que liderou a equipa, explica que “atualmente, a forma de obter amostras do estômago e dos intestinos é fazer uma endoscopia, em que um cateter é introduzido pelo garganta até ao trato intestinal por um médico (…) ao combinar os circuitos de ultra baixa corrente e tecnologias sem fios do nosso laboratório com uma célula de combustível de glucose e sensores eletroquímicos de ponta do laboratório do professor Joseph Wang, tivemos oportunidade de criar novas modalidades para perceber o que se passa realmente nos intestinos”.


A equipa explica que “o objetivo é desenvolver uma plataforma de sensores para o intestino que permita a recolha de muitos tipos de informação para longos períodos de tempo. Estamos a trabalhar para mostrar que há muitas oportunidades para descobrir o que se passa no intestino. Esperamos que este tipo de informação seja útil para melhor perceber o papel do intestino na saúde e na doença”.


Os planos da equipa passam por adicionar outros sensores e reduzir o tamanho da cápsula a ser ingerida, passando depois para os testes clínicos em humanos.


Exame Informática | Sensor deglutível e autossuficiente ajuda a monitorizar saúde intestinal (sapo.pt)

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di