"Economia sem indústria, sem produção nacional, economia asfixiada em impostos e taxas, economia onde o Estado se habituou a tirar onde não põe, a ceifar onde não semeou. Esta é a nossa economia, é a economia das PME [Pequenas e Médias Empresas]", defende Armindo Monteiro.
O presidente da CIP alertou esta segunda-feira que a economia portuguesa está asfixiada em taxas e impostos e defendeu que o Estado deve respeitar a iniciativa privada e ser previsível e eficiente.
"Economia sem indústria, sem produção nacional, economia asfixiada em impostos e taxas, economia onde o Estado se habituou a tirar onde não põe, a ceifar onde não semeou. Esta é a nossa economia, é a economia das PME [Pequenas e Médias Empresas]", disse Armindo Monteiro, durante um painel sobre as empresas na conferência "por onde vai a economia portuguesa", em Lisboa.
Numa conferência organizada pela SEDES e pela Ordem dos Economistas, o sucessor de António Saraiva à frente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu que se deve evitar uma "economia asfixiada, onde as empresas não são livres" por terem uma "carga estatizante fiscal, mas sobretudo regulatória que condiciona".
"Não queremos ir por essa economia estatizada. Gostaríamos nesta vida empresarial que o Estado fosse previsível, fosse eficiente e tivesse a preocupação de respeitar a iniciativa privada", afirmou.
Para o presidente da CIP, não há "da parte do Estado um desígnio" para as empresas.
"Parece-me que às vezes o desígnio que existe é continuarmos a ser elegíveis para um quadro de apoio. (...) Nunca fomos estimulados a ser um país rico, combatemos a riqueza", frisou.
No mesmo sentido, considerou: "Queremos investimento, mas combatemos o capital".
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