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Nómadas de giz na mão: quem são os professores portugueses? E como se comparam com os colegas europeus?


© Ilustração Cristiano Salgado


 O número de alunos cai, mas a necessidade de recrutamento de novos docentes é evidente: o sector está envelhecido. Isto significa que uma grande fatia dos professores ativos irá reformar-se em breve. A saturação é dos velhos, a desesperança dos novos


No sumário da lição de hoje, prevê-se o uso do caderno quadriculado: fazem-se contas à vida. A aula é dedicada a recordar uma matéria sabida na ponta da língua, ainda que misture várias disciplinas. Matemática da história do professor português, cuja pergunta de partida ainda não tem grandes respostas. Quanto do salário se subtrai aos quilómetros multiplicados nos anos que se vão somando ao cansaço das vidas divididas?


Em início de carreira, um professor, com horário completo, leva para casa pouco mais de mil euros por mês. Isto se a agulha da bússola, aquando do momento da colocação, apontar para esse lugar. Para muitos, acaba por ficar distante. É caso para dizer: Indo eu, indo eu, a caminho de... Viseu?


É Isabel Ribeiro a primeira a colocar o dedo no ar. Quem lhe dera que o destino tivesse cantado assim no início do seu percurso. Mas não. “Na altura, há cerca de 25 anos, concorríamos e era-nos atribuída uma vaga no país todo.” É professora de matemática, uma especialidade que à época fazia falta e, por isso, a roleta fê-la descer a sul. “Fui colocada no Alentejo. Eu não queria ir, mas tive que fazer esse investimento pessoal.” Por lá ficou durante um par de anos. Nesse tempo, vivia para os fins de semana, quando, rotineiramente, percorria mais de 1000 quilómetros. “E eu tive sorte”, diz.


Em média, segundo o Ministério da Educação, são precisos 16 anos até que um professor do sector público se vincule a uma escola. Durante esse intervalo de tempo, o próprio presente pode ser sinónimo de incerteza. Mas Isabel Ribeiro conseguiu vê-lo reduzido a cinco anos. Depois do Alentejo, percorreu ainda localidades guardenses e bracarenses, até se efetivar no Agrupamento de Escolas de Castro Daire, que fica, ainda assim, a meia hora da sua zona de residência.


Para ler este artigo na íntegra clique aqui:

Expresso | Nómadas de giz na mão: quem são os professores portugueses? E como se comparam com os colegas europeus?


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