Avançar para o conteúdo principal

Elon Musk pagou um milhão por Lotus Esprit que casal tinha comprado (sem saber) por 100 dólares

Um casal nova-iorquino pagou 100 dólares pelo conteúdo de um armazém. Descobriram que, lá dentro, havia um carro que fora usado num filme de James Bond. Elon Musk pagou um milhão por ele.

▲Carro foi um dos oito que foram usados para filmar um filme de James Bond.

Um casal nova-iorquino pagou 100 dólares, “às cegas”, pelo conteúdo de uma unidade de armazém, em 1989. Quando abriram o portão, descobriram que, lá dentro, coberto por uma manta empoeirada, havia um Lotus Esprit — um dos nove, iguaizinhos, que tinham sido usados na filmagem de um James Bond (“O espião que me amava”, de 1977, com Roger Moore). Terá sido o negócio da vida do casal, cuja identidade não foi divulgada, porque Elon Musk, o mediático presidente da Tesla, comprou o carro por quase um milhão de dólares — e inspirou-se nele para conceber o Cybertruck.

Foi o próprio Elon Musk que, a 21 de novembro, confirmou através do Twitter que o (controverso) design do Cybertruck tinha sido influenciado, em parte, pelo filme de James Bond. Numa sequência memorável desse filme, o espião escapa à perseguição de um helicóptero mergulhando o seu Lotus Esprit no mar, altura em que o Lotus se transforma num submarino armado com o míssil que, depois, é disparado verticalmente e faz explodir o helicóptero.

O que não era conhecida era a história de como o próprio Elon Musk teve acesso a um exemplar desse icónico carro. A CNBC conta a história deste casal de Long Island, na zona de Nova Iorque, que nunca tinha visto um filme do James Bond quando decidiu pagar 100 dólares pela chave de um pequeno armazém.

Na rodagem do filme foram usados oito carros — mas este terá sido o único que foi usado para filmar as cenas subaquáticas, segundo a CNBC. Depois da utilização no filme, o carro foi fechado no armazém e ali permaneceu durante mais de uma década.

“Ao início, eles nem sabiam o que aquilo era”, explicou Doug Redenius, o co-fundador da Ian Fleming Foundation que atestou a autenticidade do veículo. O casal, que tinha uma empresa de aluguer de ferramentas de construção, “não fazia ideia do valor que aquilo tinha”, acrescentou Redenius.

Quando viu o carro, o homem terá decidido retirá-lo do armazém para o levar para um local onde pudesse ser arranjado o tejadilho, além de outros arranjos. Mas, quando o carro estava a ser carregado para um camião foram avisados por um grupo de camionistas de que aquele era “o carro do James Bond”.

Como o casal nunca tinha visto um filme do James Bond, decidiram ir a um clube de vídeo, alugaram o filme em VHS e, aí, constataram que o protagonista (de quatro rodas) estava estacionado na garagem. A partir daí, depois de algum trabalho de restauro, o casal “passeou” o carro ao longo de duas décadas, rentabilizando-o em exposições e museus itinerantes. Em 2013, contudo, decidiram colocá-lo à venda.

E foi aí que entrou em cena Elon Musk, já milionário graças à venda da Paypal, empresa que fundou com o irmão, entre muitos outros negócios. Na altura, o carro foi vendido por 997 mil dólares (cerca de 905 mil euros ao câmbio atual) a um “comprador anónimo”. Só mais tarde se soube que esse comprador tinha sido Musk, que conta frequentemente que cresceu a ver filmes do James Bond, pelos quais sentia um enorme fascínio.

“Como miúdo a crescer na África do Sul, foi incrível crescer a ver James Bond em ‘O espião que me amava’ a conduzir o seu Lotus Esprit num pontão, cair à água e, depois, pressionar um botão e fazer o carro transformar-se num submarino”, contou Musk num blog japonês sobre carros. O empreendedor terá ficado dececionado por constatar que, afinal, o carro não se transformava mesmo, portanto decidiu: “vou atualizá-lo com um powertrain elétrico da Tesla e vou tentar fazer com que ele se transforme mesmo, a sério”.

https://observador.pt/2019/12/02/elon-musk-pagou-um-milhao-por-lotus-esprit-que-casal-tinha-comprado-sem-saber-por-100-dolares/

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di