Avançar para o conteúdo principal

Guaidó denuncia golge de Maduro e reelege-se presidente do parlamento em sessão paralela


Luis Parra foi eleito presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, depois de Juan Guaidó ter sido impedido de entrar no Parlamento pelas autoridades. Guaidó denunciou “golpe parlamentar” e foi reeleito em votação improvisada em sede de jornal.

Os deputados chavistas elegeram Luis Parra como presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, este domingo, perante o protesto de Juan Guaidó, que foi impedido pela polícia de entrar no edifício, numa acção que já foi condenada por vários países, incluindo Portugal.

Os deputados da oposição, no entanto, juntaram-se na sede de um jornal pró-oposição e reelegeram Juan Guaidó, que é reconhecido por cerca de 60 países como o líder legítimo do país. “Hoje a ditadura cometeu outro erro”, disse Guaidó na sede do El Nacional. O político já foi felicitado pelo secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo.

Nas imagens partilhadas nas redes sociais, é possível ver-se Juan Guaidó a tentar transpor os muros do edifício do parlamento de Caracas e a ser puxado por elementos da Guarda Nacional Bolivariana, que reprimiram com violência os acompanhantes do líder da oposição.

Com vários deputados da oposição ao regime do Presidente Nicolas Maduro detidos fora do parlamento pela polícia, Luis Parra, antigo elemento do partido Primeiro Justiça (opositor de Maduro e rival de Guaidó) foi escolhido como presidente da Assembleia Nacional — segundo a Reuters, a votação foi de mão no ar e sem contagem de votos individuais.

Os apoiantes de Juan Guaidó, que esperava ser reeleito no cargo, classificaram esta eleição como “um golpe parlamentar”, denunciando a ilegalidade do acto, por falta de quórum para realizar a eleição.

Guaidó tentou garantir que todos os deputados opositores do regime pudessem aceder à sessão, mas um grupo da Polícia Nacional Bolivariana filtrou a entrada de muitos deles, considerando que não estavam “legalmente habilitados” para participar na votação. “Se não entram todos, não entra nenhum”, disse Juan Guaidó.

Luis Parra fez o juramento de posse como presidente da Assembleia Nacional entre gritos e empurrões de vários deputados da oposição, mas com o apoio da bancada chavista.

Portugal considera “inadmissível” eleição de novo presidente do parlamento venezuelano
https://www.publico.pt/2020/01/06/politica/noticia/portugal-considera-inadmissivel-eleicao-novo-presidente-parlamento-venezuelano-1899330

A presidência da Assembleia Nacional é um cargo relevante por ter sido invocada por Juan Guaidó para as iniciativas para derrubar o regime de Nicolas Maduro, numa crise política e social que dura há cerca de um ano. Foi enquanto presidente da Assembleia Nacional que Guaidó se autoproclamou Presidente interino da Venezuela, a 23 de Janeiro de 2019, tendo sido reconhecido por cerca de 60 países (incluindo Portugal), entrando em rota de colisão com Nicolas Maduro, num confronto que ainda permanece.

Com o apoio da comunidade internacional, Juan Guaidó tem pedido a Maduro para convocar eleições nacionais “livres e transparentes”, perante a recusa do Presidente, que considera ilegítima a actuação do agora ex-líder da Assembleia Nacional

https://www.publico.pt/2020/01/05/mundo/noticia/guaido-perde-lideranca-assembleia-nacional-barrado-policia-1899313

Também foi notícia no Finantial Times:
https://www.ft.com/content/172589be-2ffb-11ea-9703-eea0cae3f0de

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Movimentos antiocupas já estão em Portugal e autoridades tentam identificar membros

 Investigação surge depois de há uma semana e meia, a TVI ter revelado que estes movimentos, já conhecidos em Espanha, tinham chegado a Portugal As autoridades portuguesas estão a tentar identificar as pessoas envolvidas em empresas e movimentos antiocupas, grupos que se dedicam a expulsar quem ocupa ilegalmente uma casa ou um imóvel. A investigação surge depois de há uma semana e meia a TVI ter revelado que estes movimentos, já conhecidos em Espanha, tinham chegado a Portugal. Os grupos antiocupas têm-se multiplicado no nosso país, sendo que uns vêm de Espanha, outros nasceram em Portugal e todos com o mesmo princípio: devolver casas a quem é o legítimo proprietário. Os grupos que tentam devolver as casas são conhecidos pelo uso da força, mas o grupo com quem a TVI falou diz ser diferente. Solicitações não têm faltado, já que têm sido muitas as casas ocupadas de forma ilegal, em todo o país. Os grupos, que surgem como falta de resposta da lei, garantem que atuam de forma legal, ma...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...