De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 33% da população do planeta não tem acesso a água potável. A estimativa é que 50% dos seres humanos viverão em regiões que sofrerão com escassez em 2025.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que uma pessoa precisa entre 50 e 100 litros de água por dia para garantir que as suas necessidades básicas sejam atendidas e que a sua saúde não seja comprometida de alguma maneira. No entanto, grandes cidades na África e na Ásia já enfrentam uma crise hídrica.
Nesse sentido, a busca por soluções tecnológicas é cada vez mais urgente. Atualmente, a mais promissora é a transformação da água salgada em doce. O processo de dessalinização em escala em industrial se apresenta como a melhor alternativa para superar uma crise hídrica em escala global.
Temos um bom exemplo disso no Quênia. Por lá, uma organização sem fins lucrativos chamada GivePower construiu uma usina de dessalinização movida a energia solar. Inaugurada em 2018, a estrutura é capaz de produzir 75 mil litros de água potável e matar a sede 25 mil pessoas por dia.
"A humanidade precisa agir rapidamente para enfrentar a crise hídrica global, que é cada vez mais severa no mundo em desenvolvimento", disse Hayes Barnard, presidente da organização. A GivePower faz a sua parte ao aplicar a experiência do campo de energia solar para a geração de água potável.
A construção da usina de dessalinização do Quênia levou um mês e custou US$ 500 mil. A expectativa é que ela retorne US$100 mil por ano
A organização foi criada em 2013 como uma divisão sem fins lucrativos da SolarCity, empresa que o visionário Elon Musk criou para produzir painéis solares e acabou fundindo à Tesla. Foi nesse momento que Barnard assumiu a GivePower e resolveu torná-la independente.
A construção da usina de dessalinização do Quênia levou um mês e custou US$ 500 mil. A expectativa é que ela retorne US$100 mil por ano e, assim, contribua para a construção de outros complexos semelhantes. O grande objetivo de Barnard é levar água potável a 2 bilhões de pessoas ao redor do globo.
Porém, a usina de dessalinização movida a energia solar não promete apenas contribuir para a superação da crise hídrica. Na medida em que as necessidades básicas das pessoas sejam atendidas, as comunidades que sofrem com a escassez de água sobreviverão e, eventualmente, florescerão.
https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111591-usina-movida-a-energia-solar-mata-a-sede-de-25-mil-pessoas-no-quenia.htm
Comentários
Enviar um comentário