Avançar para o conteúdo principal

Lembram-se da estrada solar? Foi um fracasso total.



As estradas solares são apontadas, por muitos, como uma solução revolucionária que vai transformar a mobilidade como a conhecemos. Porém, desde França chegam notícias muito negativas acerca de uma pequena estrada do género, inaugurada em Dezembro de 2016.

Situado na região da Normandia, França, este troço de um quilómetro é formado por 2.800 metros quadrados de painéis fotovoltaicos e foi construído para servir de plataforma de teste a esta tecnologia. Mas se o objectivo era aproveitar as estradas para gerar energia, a verdade é que na realidade este pequeno "carril solar" não podia ter tido um resultado mais negativo.

Durante a sua inauguração, ficou a promessa de que esta estrada ia produzir 790 kWh por dia, energia suficiente para iluminar uma população de até 5 mil habitantes. Contudo, e no seu primeiro ano, a energia gerada ficou 50% aquém desta meta. Mais estranho ainda, é que no ano seguinte, o segundo desta estrada, a produção de energia foi ainda mais baixa, representado cerca de um quarto do que inicialmente tinha sido prometido.

Face aos números, é fácil admitir que o problema de eficiência desta estrada é enorme, mas está longe de ser o único. É que esta estrada, que custou 5 milhões de euros a construir, também apresenta um desgaste que ninguém conseguiu prever. Além da circulação de veículos, tudo o que rodeia a estrada está a afectar a sua conservação, incluíndo as folhas das árvores que caem e que depois são arrastadas para cima dos painéis.

Acha que esta "avaliação" da estrada não pode piorar? Está enganado. É que além disto tudo também o elevado ruído gerado se revelou um problema, ao ponto da velocidade máxima ter que ser reduzida para 70 km/h.

Contas feitas, esta estrada solar foi pensada e construída para aguentar muito mais tempo e para produzir muito mais energia. O balanço ao final de mais de dois anos não podia ser mais negativo e até Étienne Gaudin, chefe da Colas Wattway, empresa que produziu o troço, admite que "o sistema não está desenvolvido o suficiente para trânsito de larga distância".

https://www.aquelamaquina.pt/noticias/actualidade/detalhe/estrada-solar-em-franca-foi-um-fracasso-total.html

Comentários

Notícias mais vistas:

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel. © BMW O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas:  V12 ,  V16  e um  V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm … As novidades não vão ficar por aí. Recentemente, demos a conhecer  uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota,  com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos. Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento. O que está a BMW a desenvolver? Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela  Auto Motor und Sport ), sabemos o

Saiba como uma pasta de dentes pode evitar a reprovação na inspeção automóvel

 Uma pasta de dentes pode evitar a reprovação do seu veículo na inspeção automóvel e pode ajudá-lo a poupar centenas de euros O dia da inspeção automóvel é um dos momentos mais temidos pelos condutores e há quem vá juntando algumas poupanças ao longo do ano para prevenir qualquer eventualidade. Os proprietários dos veículos que registam anomalias graves na inspeção já sabem que terão de pagar um valor avultado, mas há carros que reprovam na inspeção por força de pequenos problemas que podem ser resolvidos através de receitas caseiras, ajudando-o a poupar centenas de euros. São vários os carros que circulam na estrada com os faróis baços. A elevada exposição ao sol, as chuvas, as poeiras e a poluição são os principais fatores que contribuem para que os faróis dos automóveis fiquem amarelados. Para além de conferirem ao veículo um aspeto descuidado e envelhecido, podem pôr em causa a visibilidade durante a noite e comprometer a sua segurança. É devido a este último fator que os faróis ba

A falsa promessa dos híbridos plug-in

  Os veículos híbridos plug-in (PHEV) consomem mais combustível e emitem mais dióxido de carbono do que inicialmente previsto. Dados recolhidos por mais de 600 mil dispositivos em carros e carrinhas novos revelam um cenário real desfasado dos resultados padronizados obtidos em laboratório. À medida que as políticas da União Europeia se viram para alternativas de mobilidade suave e mais verde, impõe-se a questão: os veículos híbridos são, realmente, melhores para o ambiente? Por  Inês Moura Pinto No caminho para a neutralidade climática na União Europeia (UE) - apontada para 2050 - o Pacto Ecológico Europeu exige uma redução em 90% da emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) dos transportes, em comparação com os valores de 1990. Neste momento, os transportes são responsáveis por cerca de um quinto destas emissões na UE. E dentro desta fração, cerca de 70% devem-se a veículos leves (de passageiros e comerciais). Uma das ferramentas para atingir esta meta é a regulação da emissão de di