Avançar para o conteúdo principal

Mazda3 Skyactiv-X. Já temos as especificações finais do revolucionário motor

A Mazda divulgou, finalmente, as especificações finais do revolucionário motor Skyactiv-X, que fará parte do novo Mazda3.



Foi há 15 meses que tivemos oportunidade de experimentar o revolucionário motor Skyactiv-X da Mazda, na altura ainda em desenvolvimento, mas saímos de lá impressionados, não só pela tecnologia, como pela experiência de condução.

Surpreendeu pela sua capacidade de resposta, desde os regimes mais baixos, mas o melhor elogio que se pode fazer ao motor, é que apesar de ser uma unidade em desenvolvimento, já convence mais que muitos propulsores existentes no mercado.

No entanto, não pudemos comprovar na altura se as prometidas poupanças de combustível de 20-30% — um motor a gasolina com consumos tão bons ou melhores que motores Diesel de potência similar.

RELACIONADO: SKYACTIV-X. Já testámos o motor de combustão do futuro
SKYACTIV-X, o motor
O SKYACTIV-X, em toda a sua glória
Ainda vamos ter de esperar um pouco mais para comprovar, na prática, tudo o que o Skyactiv-X promete — a chegada ao mercado está prevista mais para o final do ano —, mas para já, e finalmente, foram anunciadas as especificações finais deste intrigante propulsor:

Capacidade: 1998 cm3
Taxa de Compressão: 16,3:1
Potência: 180 cv às 6000 rpm
Binário: 224 Nm às 3000 rpm
Destaque para a taxa de compressão elevadíssima, um recorde para um motor a gasolina de produção. Tal como já vimos noutros Mazda3, também o Skyactiv-X vem com um sistema mild-hybrid (semi-híbrido) de 24 V, denominado Mazda M Hybrid, que ajuda a contribuir para valores mais baixos de consumos e emissões.

Quanto aos consumos e emissões de CO2, já de acordo com o WLTP, varia de acordo com a versão. Estas são seis no total, que compreendem as duas carroçarias disponíveis, hatchback e sedan, duas transmissões — manual e automática, ambas de seis velocidades —, e no caso do hatchback, duas versões suplementares com tração às quatro rodas (AWD).


Skyactiv-X. Revolucionário porquê?

Ignição por compressão num motor a gasolina (HCCI), tal como acontece com os motores a gasóleo, tem sido um dos “santo graal” da industria automóvel há décadas. Até agora, apesar de alguns protótipos, nunca foi possível dar o salto para a linha de produção — apesar de ser possível, a faixa de utilização do motor era extremamente curta e apenas possível com baixa carga.

Ignição por compressão é bem mais eficiente que ignição por faísca, o que ajuda a explicar a maior eficiência dos motores Diesel quando comparados com os Otto. Ou seja, mais energia resultante da ignição da mistura de ar-combustível é convertida em trabalho.

Para contornar o problema, a Mazda manteve a “velha” vela de ignição, resultando daí o nome da tecnologia: SPCCI — Spark Plug Controled Compressed Ignition ou em português, Ignição por compressão controlada por faísca (da vela de ignição).

Desta forma, a Mazda conseguiu arranjar forma de controlar os timings da ignição, como também permitiu uma transição suave entre a ignição por compressão (cargas baixas) e ignição por faísca (cargas altas), aumentando expressivamente a eficiência do motor. O Skyactiv-X é, assim, o primeiro motor a gasolina de sempre a combinar ignição por faísca e ignição por compressão.

Deixamos abaixo a ligação para um artigo que explica como esta tecnologia funciona, talvez a derradeira evolução do motor de combustão interna.

https://www.razaoautomovel.com/2019/06/mazda3-skyactiv-x-especificacoes-finais

Comentários

Notícias mais vistas:

Esta cidade tem casas à venda por 12.000 euros, procura empreendedores e dá cheques bebé de 1.000 euros. Melhor, fica a duas horas de Portugal

 Herreruela de Oropesa, uma pequena cidade em Espanha, a apenas duas horas de carro da fronteira com Portugal, está à procura de novos moradores para impulsionar sua economia e mercado de trabalho. Com apenas 317 habitantes, a cidade está inscrita no Projeto Holapueblo, uma iniciativa promovida pela Ikea, Redeia e AlmaNatura, que visa incentivar a chegada de novos residentes por meio do empreendedorismo. Para atrair interessados, a autarquia local oferece benefícios como arrendamento acessível, com valores médios entre 200 e 300 euros por mês. Além disso, a aquisição de imóveis na região varia entre 12.000 e 40.000 euros. Novas famílias podem beneficiar de incentivos financeiros, como um cheque bebé de 1.000 euros para cada novo nascimento e um vale-creche que cobre os custos da educação infantil. Além das vantagens para famílias, Herreruela de Oropesa promove incentivos fiscais para novos moradores, incluindo descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IBI) e benefícios par...

"A NATO morreu porque não há vínculo transatlântico"

 O general Luís Valença Pinto considera que “neste momento a NATO morreu” uma vez que “não há vínculo transatlântico” entre a atual administração norte-americana de Donald Trump e as nações europeias, que devem fazer “um planeamento de Defesa”. “Na minha opinião, neste momento, a menos que as coisas mudem drasticamente, a NATO morreu, porque não há vínculo transatlântico. Como é que há vínculo transatlântico com uma pessoa que diz as coisas que o senhor Trump diz? Que o senhor Vance veio aqui à Europa dizer? O que o secretário da Defesa veio aqui à Europa dizer? Não há”, defendeu o general Valença Pinto. Em declarações à agência Lusa, o antigo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, entre 2006 e 2011, considerou que, atualmente, ninguém “pode assumir como tranquilo” que o artigo 5.º do Tratado do Atlântico Norte – que estabelece que um ataque contra um dos países-membros da NATO é um ataque contra todos - “está lá para ser acionado”. Este é um dos dois artigos que o gener...

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...