O apartamento onde Sócrates está a morar foi entregue ao primo em troca de empresa referenciada na acusação da Operação Marquês
A notícia espalhou-se rapidamente na semana passada. A 16 de outubro de 2018 um apartamento T4 na Ericeira mudou de dono. Um empresário angolano de nome Fernando dos Anjos Ferreira entregou-o como “dação em pagamento” para saldar uma dívida que tinha com José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, também empresário em Angola e um dos arguidos da Operação Marquês, acusado de cometer dois crimes de lavagem de dinheiro por alegadamente ter servido de testa de ferro do seu primo direito José Sócrates, quando este era primeiro-ministro. Semanas depois dessa dação, Sócrates instalou-se no apartamento e assumiu-o como a sua nova morada oficial no Tribunal Central de Instrução Criminal, onde em janeiro deverão começar as sessões da fase de instrução do processo em que é acusado de 31 crimes, incluindo três crimes de corrupção. Mas quem é exatamente esse empresário angolano que cedeu a casa na Ericeira ao primo do ex-primeiro-ministro? E por que razão o fez?
Numa resposta enviada ao Expresso, Fernando dos Anjos Ferreira revela que a dívida tem que ver com a compra das Salinas do Tchiome, uma empresa de produção de sal em Baía Farta, na província de Benguela, que era detida por José Paulo Bernardo Pinto de Sousa. “Por assunção da posição comercial por mim efetuada em uma das suas sociedades, ficaram os anteriores sócios detentores, nomeadamente, de um direito de crédito que, certamente, teria de ser cumprido e respeitado. A forma como tal obrigação foi cumprida — dação em cumprimento — diz respeito, naturalmente, à liberdade das partes e autonomia contratual e resulta da convergência de vontades e interesses mútuos”, diz.
https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-12-09-Casa-na-Ericeira-trocada-por-salinas-em-Angola#gs.sL1IbNw
A notícia espalhou-se rapidamente na semana passada. A 16 de outubro de 2018 um apartamento T4 na Ericeira mudou de dono. Um empresário angolano de nome Fernando dos Anjos Ferreira entregou-o como “dação em pagamento” para saldar uma dívida que tinha com José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, também empresário em Angola e um dos arguidos da Operação Marquês, acusado de cometer dois crimes de lavagem de dinheiro por alegadamente ter servido de testa de ferro do seu primo direito José Sócrates, quando este era primeiro-ministro. Semanas depois dessa dação, Sócrates instalou-se no apartamento e assumiu-o como a sua nova morada oficial no Tribunal Central de Instrução Criminal, onde em janeiro deverão começar as sessões da fase de instrução do processo em que é acusado de 31 crimes, incluindo três crimes de corrupção. Mas quem é exatamente esse empresário angolano que cedeu a casa na Ericeira ao primo do ex-primeiro-ministro? E por que razão o fez?
Numa resposta enviada ao Expresso, Fernando dos Anjos Ferreira revela que a dívida tem que ver com a compra das Salinas do Tchiome, uma empresa de produção de sal em Baía Farta, na província de Benguela, que era detida por José Paulo Bernardo Pinto de Sousa. “Por assunção da posição comercial por mim efetuada em uma das suas sociedades, ficaram os anteriores sócios detentores, nomeadamente, de um direito de crédito que, certamente, teria de ser cumprido e respeitado. A forma como tal obrigação foi cumprida — dação em cumprimento — diz respeito, naturalmente, à liberdade das partes e autonomia contratual e resulta da convergência de vontades e interesses mútuos”, diz.
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