Avançar para o conteúdo principal

Governo quer proibir farmácias de fazer descontos acima de 3%

Os descontos que algumas farmácias fazem podem vir a ser limitados no futuro, de acordo com uma intenção do Governo em proibir descontos acima dos 3%.

Segundo o Público, o Ministério da Saúde elaborou um projeto de despacho em que prevê que o desconto praticado pelas farmácias não poderá ser superior a 3% sobre a parte não comparticipada de medicamentos sujeitos a receita médica.

Atualmente, há estabelecimentos que praticam descontos de 10%, 15% e 20% para conseguirem clientes. Fonte do gabinete do ministro da Saúde admitiu ao jornal que “os trabalhos sobre esta matéria ainda estão a decorrer”, mas já se percebeu que será um processo difícil.

Além de muitos portugueses já se terem habituado a comprar medicamentos com desconto nas farmácias, de acordo com o diário, também a Autoridade da Concorrência (AdC) já lançou um parecer desfavorável.


Esta possibilidade, conseguida com o Estatuto do Medicamento aprovado no Governo de José Sócrates, estará a ter um efeito perverso, provocando dificuldades às farmácias mais pequenas, sobretudo as que estão localizadas no interior do país.


A “situação económica do setor das farmácias em Portugal é, publica e manifestamente, débil e com elevado risco de sustentabilidade”, argumenta o gabinete do ministro, citado pelo jornal, acrescentando que afeta “negativamente o acesso dos cidadãos a medicamentos e ameaça a capilaridade e distribuição equitativa da rede de farmácias”.

De acordo com o mesmo jornal, que cita dados da Associação Nacional de Farmácias (ANF), a crise neste setor agrava-se de ano para ano: o número de farmácias com processos de insolvência e penhora mais do que triplicou entre 2012 (241 estabelecimentos) e o ano passado (630).

Somando os processos de insolvência com os de penhoras, mais de um quinto das farmácias entrou em 2018 “em situação de crise económica” e “sem garantias de sobrevivência”, sendo o distrito de Portalegre aquele onde a situação é mais grave.

https://zap.aeiou.pt/governo-quer-proibir-farmacias-descontos-3-192427

Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...