Após vida de luxo na Europa, o ex-fundador do maior golpe financeiro da história do Brasil ainda sem resolução segue esbanjando uma vida de luxo.
Rodrigo Marques foi flagrado dirigindo um Porsche na Califórnia nos EUA
Rodrigo Marques foi flagrado dirigindo um Porsche na Califórnia nos EUA. Enviado por clientes lesados que investigam seu paradeiro.
O ex-fundador da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, voltou a ser flagrado esbanjando uma vida de luxo pelas ruas, desta vez na Califórnia (EUA).
De acordo com o Grupo da Operação Valquíria, que localizou seu paradeiro, ele vive nos Estados Unidos há três meses, em uma mansão.
A última vez que ele havia sido localizado foi em uma mansão próxima de Barcelona (Espanha), onde residiu por alguns anos. Por lá ele também vivia com luxo e dirigia até uma McLaren pelas ruas.
Em conversa com a reportagem, Matheus Muller, um dos investidores lesados e que busca justiça, pede a atenção e apoio das autoridades brasileiras para repatriar Rodrigo Marques.
“Continuamos seguindo os passos dele [Rodrigo] e esperando que a Polícia Federal, Ministério Público e o judiciário façam um trabalho em prol da justiça que 40 mil famílias esperam há 4 anos. Infelizmente temos autoridades acovardadas e muitos intimidados por gente da alta cúpula que se submeteu a receber milhões em troca da liberdade de Rodrigo Marques.”
De acordo com Matheus, Rodrigo foi flagrado no dia 23 de outubro no The Beverly Hill Hotel, padrão de luxo dos EUA, onde gastou R$ 38 mil em sua hospedagem no local.
Caso Atlas Quantum voltou a tona em 2024
Em 2024, além da recente aparição pública de Rodrigo Marques na Califórnia, a Atlas Quantum protagonizou alguns momentos com a Comissão de Valores Mobiliários do Brasil.
Isso porque, no mês de maio de 2024, a CVM aplicou uma multa de R$ 55 milhões na pirâmide financeira e em seu sócio.
Já no último mês de setembro, ao publicar um relatório sobre a sua atividade sancionadora, a CVM voltou a apontar a empresa como um dos maiores golpes do Brasil.
Ainda que as autoridades brasileiras estejam atentas ao caso, o protagonista principal da história segue impune e viajando pelo mundo. Enquanto isso, vítimas que confiaram seu patrimônio ao golpe seguem em agonia.
Relembre os principais pontos do golpe financeiro
A Atlas Quantum foi uma plataforma de investimentos em criptomoedas que ganhou notoriedade no Brasil ao prometer altos retornos com operações automatizadas de arbitragem em Bitcoin.
A empresa, fundada por Rodrigo Marques, atraiu milhares de investidores com a promessa de lucros consideráveis em um mercado emergente e de difícil acesso para muitos. No entanto, em 2019, surgiram sinais de que a empresa enfrentava sérios problemas financeiros, com saques suspensos e falta de transparência nas operações.
Investigações posteriores revelaram que a Atlas Quantum operava como um esquema fraudulento, semelhante a uma pirâmide financeira, onde os investimentos de novos clientes eram usados para pagar os rendimentos prometidos aos investidores antigos. Com o colapso da plataforma, muitos investidores perderam suas economias, e o caso se tornou um dos maiores escândalos financeiros envolvendo criptomoedas no Brasil.
Rodrigo Marques da Atlas Quantum é flagrado na Califórnia, após Barcelona - Livecoins
Correcção do Wilson:
Não era bem "altos retornos" o que ele prometia mas sim segurança:
Ao contrário de outros golpes pelo mundo fora que promete altos retornos, a Atlas Quantum vendia mais a ilusão de segurança, não só com o alegado desenvolvimento de um robot de arbitragem, que limitaria as perdas, mas em muitos outros aspectos também.
Rodrigo Marques chegou a ser presidente da associação do sector que, além de representar correctoras, representava outras empresas e entidades do sector. A Atlas alegava ainda ter escritórios em vários países.
Foi uma estratégia bem montada que enganou até profissionais do sector.
Comentário do Wilson:
Pelo menos desta vez quem tirou a fotografia não foi recebido a tiros como foi em Barcelona...
O grupo Valquíria desta vez teve o cuidado de o flagrar na via pública e não na sua mansão, pois os EUA não são a Europa e o fotógrafo poderia acabar morto.
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