Avançar para o conteúdo principal

Nova bateria elástica vai aumentar drasticamente a autonomia dos elétricos



 Cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), nos Estados Unidos, desenvolveram uma tecnologia de baterias de estado sólido que será capaz de duplicar a densidade energética dos veículos elétricos (VEs).


A autonomia dos VEs tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, mas ainda é limitada pela tecnologia atual de baterias de iões de lítio com eletrólito líquido, que as torna volumosas e pesadas.


À margem de um novo estudo, publicado recentemente na ACS Energy Letters, foi proposto o uso de elétrodos de estado sólido em folhas finas e flexíveis, com apenas 30 micrómetros de espessura, capazes de armazenar até 500 watts/hora por quilograma. É o dobro da densidade energética das baterias atuais.


Como refere a Live Science, as baterias de estado sólido não têm sido suficientemente “duradouras ou escaláveis” para alimentar veículos elétricos. Além disso, os polímeros plásticos utilizados na maior parte das baterias de estado sólido têm atualmente uma condutividade inferior à dos eletrólitos líquidos, o que as torna menos eficientes.


Os investigadores do ORNL ultrapassaram estes obstáculos ao utilizarem um polímero que cria uma “película fina e elástica”, aumentando a densidade de energia, e superando tanto as baterias de estado sólido convencionais como as baterias de iões de lítio líquido.


Como explica a mesma revista, estas folhas finas permitem separar os elétrodos positivos e negativos, evitando curtos-circuitos, enquanto oferecem vias eficientes para a condução de iões.


Além disso, a utilização de eletrólitos de estado sólido à base de sulfureto – que apresenta uma condutividade semelhante à dos eletrólitos líquidos, permitindo um desempenho comparável ao das baterias de iões de lítio.


“Queremos minimizar o aglutinante de polímero porque não conduz iões. A única função do aglutinante é fixar as partículas de eletrólito na película. A utilização de mais aglutinante melhora a qualidade da película, mas reduz a condução de iões. Inversamente, a utilização de menos aglutinante melhora a condução de iões, mas compromete a qualidade da película”, excplicou, em comunicado, o líder da investigação Guang Yang.


As baterias de iões de lítio são conhecidas também pela sua volatilidade e pelos incêndios que provocam.


Contudo, a nova tecnologia de estado sólido não é volátil, eliminando assim o risco de incêndios e tornando os VEs mais seguros.


Este avanço pode revolucionar a tecnologia de baterias para automóveis elétricos, aumentando a eficiência e a segurança.


Nova bateria elástica vai aumentar drasticamente a autonomia dos elétricos - ZAP Notícias (aeiou.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Armazenamento holográfico

 Esta técnica de armazenamento de alta capacidade pode ser uma das respostas para a crescente produção de dados a nível mundial Quando pensa em hologramas provavelmente associa o conceito a uma forma futurista de comunicação e que irá permitir uma maior proximidade entre pessoas através da internet. Mas o conceito de holograma (que na prática é uma técnica de registo de padrões de interferência de luz) permite que seja explorado noutros segmentos, como o do armazenamento de dados de alta capacidade. A ideia de criar unidades de armazenamento holográficas não é nova – o conceito surgiu na década de 1960 –, mas está a ganhar nova vida graças aos avanços tecnológicos feitos em áreas como os sensores de imagem, lasers e algoritmos de Inteligência Artificial. Como se guardam dados num holograma? Primeiro, a informação que queremos preservar é codificada numa imagem 2D. Depois, é emitido um raio laser que é passado por um divisor, que cria um feixe de referência (no seu estado original) ...

TAP: quo vadis?

 É um erro estratégico abismal decidir subvencionar uma vez mais a TAP e afirmar que essa é a única solução para garantir a conectividade e o emprego na aviação, hotelaria e turismo no país. É mentira! Nos últimos 20 anos assistiu-se à falência de inúmeras companhias aéreas. 11 de Setembro, SARS, preço do petróleo, crise financeira, guerras e concorrência das companhias de baixo custo, entre tantos outros fatores externos, serviram de pano de fundo para algo que faz parte das vicissitudes de qualquer empresa: má gestão e falta de liquidez para enfrentar a mudança. Concentremo-nos em três casos europeus recentes de companhias ditas “de bandeira” que fecharam as portas e no que, de facto, aconteceu. Poucos meses após a falência da Swissair, em 2001, constatou-se um fenómeno curioso: um número elevado de salões de beleza (manicure, pedicure, cabeleireiros) abriram igualmente falência. A razão é simples, mas só mais tarde seria compreendida: muitos desses salões sustentavam-se das assi...