Avançar para o conteúdo principal

Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel



S58 BMW

Os próximos motores a gasolina da BMW prometem menos consumos e emissões, mas mais potência, graças a uma tecnologia usada em motores Diesel.

© BMW

O fim anunciado dos motores a combustão parece ter sido grandemente exagerado — as novidades têm sido mais que muitas. É certo que a maioria delas são estratosféricas: V12V16 e um V8 biturbo capaz de fazer 10 000 rpm… As novidades não vão ficar por aí.

Recentemente, demos a conhecer uma nova geração de motores de quatro cilindros da Toyota, com 1,5 l e 2,0 l de capacidade, que vão equipar inúmeros modelos do grupo dentro de poucos anos.

Hoje damos a conhecer os planos da Fábrica de Motores da Baviera — a BMW. Recordamos que o construtor foi dos poucos que não marcou no calendário um «dia» para acabar com os motores de combustão interna. Pelo contrário, comprometeu-se a continuar a investir no seu desenvolvimento.

O que está a BMW a desenvolver?

Agora, graças ao registo de patentes (reveladas pela Auto Motor und Sport), sabemos o que têm andado a «cozinhar» nos bastidores. Se no caso da Toyota temos motores 100% novos, na BMW o desenvolvimento é mais específico, concentrando-se na tecnologia de combustão.

A grande novidade está na adição de uma pré-câmara de combustão e para quem tenha conhecimento das tecnologias usadas em motores, esta era bastante comum… nos motores Diesel.

Antes da introdução e vulgarização da injeção direta de combustível nos motores Diesel, o recurso a uma pré-câmara de combustão (injeção indireta) era a tecnologia mais usada. A ignição da mistura ar-combustível tinha início na pré-câmara de combustão (montada na cabeça do motor), passando depois por uns orifícios que a ligavam à câmara de combustão principal no cilindro.

Isto resultava não só numa combustão mais eficiente (melhor controlo da detonação e temperatura), como dava ao motor Diesel um funcionamento mais suave, reduzindo em simultâneo o seu ruído. Nos motores a gasolina, esta tecnologia promete outro tipo de benefícios.

Como funciona?

Tal como nos motores Diesel, a pré-câmara de combustão nos futuros motores a gasolina da BMW está ligada à câmara de combustão principal (no cilindro) através de orifícios.

Dentro da pré-câmara de combustão (muito mais pequena em volume) existe apenas uma vela de ignição com uma configuração única, ao só ter o elétrodo de ignição. O elétrodo de massa está fixo no motor. De acordo com a patente, esta separação estrutural permite uma melhor dissipação de calor, evitando pré-ignições indesejadas.


Motores a gasolina da BMW vão ter um pouco de motores Diesel (razaoautomovel.com)


Comentários

Notícias mais vistas:

Constância e Caima

  Fomos visitar Luís Vaz de Camões a Constância, ver a foz do Zêzere, e descobrimos que do outro lado do arvoredo estava escondida a Caima, Indústria de Celulose. https://www.youtube.com/watch?v=w4L07iwnI0M&list=PL7htBtEOa_bqy09z5TK-EW_D447F0qH1L&index=16

Bolsas europeias recuperam com Trump a adiar para 9 de julho aplicação de direitos aduaneiros de 50% à UE

Futuros das ações subiram depois de o presidente dos EUA ter concordado em adiar a imposição de tarifas de 50% sobre a União Europeia, mas o dólar americano manteve-se sob pressão devido à diminuição da confiança dos investidores, o que levou o euro a atingir um máximo de um mês. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no domingo que tinha concordado em adiar a aplicação de uma tarifa de 50% sobre as importações da UE para 9 de julho, na sequência de um telefonema com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O anúncio provocou uma forte recuperação nos futuros das ações dos EUA e deverá impulsionar as ações europeias na segunda-feira. "Concordei com a prorrogação - 9 de julho de 2025 - Foi um privilégio fazê-lo", publicou Trump no Truth Social, citando a declaração de von der Leyen no X, na qual escreveu: "A UE e os EUA partilham a relação comercial mais importante e estreita do mundo. A Europa está pronta para avançar com as conversações de forma rá...

Aeroporto: há novidades

 Nenhuma conclusão substitui o estudo que o Governo mandou fazer sobre a melhor localização para o aeroporto de Lisboa. Mas há novas pistas, fruto do debate promovido pelo Conselho Económico e Social e o Público. No quadro abaixo ficam alguns dos pontos fortes e fracos de cada projeto apresentados na terça-feira. As premissas da análise são estas: IMPACTO NO AMBIENTE: não há tema mais crítico para a construção de um aeroporto em qualquer ponto do mundo. Olhando para as seis hipóteses em análise, talvez apenas Alverca (que já tem uma pista, numa área menos crítica do estuário) ou Santarém (numa zona menos sensível) escapem. Alcochete e Montijo são indubitavelmente as piores pelas consequências ecológicas em redor. Manter a Portela tem um impacto pesado sobre os habitantes da capital - daí as dúvidas sobre se se deve diminuir a operação, ou pura e simplesmente acabar. Nem o presidente da Câmara, Carlos Moedas, consegue dizer qual escolhe... CUSTO DE INVESTIMENTO: a grande novidade ve...