Avançar para o conteúdo principal

O acelerador de partículas mais pequeno do mundo cabe no topo de uma moeda



 O LHC, de Large Hadron Collider, na Suíça, tem um tubo acelerador que mede 27 quilómetros. O NEA, equipamento também destinado a acelerar partículas, está no espetro oposto, sendo o mais pequeno equipamento do género no mundo, com um tubo principal a medir 0,5 milímetros.


Investigadores conseguem acelerar eletrões neste minúsculo sistema ao disparar mini raios laser contra os pilares individuais, que existem aos milhares dentro do NEA. O triunfo tecnológico da miniaturização deste aparelho significa a abertura de portas a várias aplicações, incluindo o uso dentro de pacientes humanos.


Para se perceber melhor a escala deste aparelho, o comprimento dos túneis mais pequenos é de 225 nanómetros (um cabelo humano tem a espessura de 80 mil a 100 mil nanómetros).


O NEA já foi utilizado com sucesso, com uma equipa da Universidade de Erlangen-Nuremberga, na Alemanha, a publicar um estudo onde revela que acelerou eletrões com um valor energético de 28,4 kiloeletrões para os 40,7 keV, um aumento de 43%, revela o Space.com, naquela que terá sido a primeira experiência do género. Roy Shiloh, co-autor do estudo, afirma que “pela primeira vez, podemos falar realmente sobre um acelerador de partículas num [micro]chip”.


Os eletrões acelerados pelo NEA têm apenas um milionésimo da energia das partículas aceleradas pelo LHC, mas os investigadores acreditam que vão poder melhorar o design, usando materiais alternativos ou colocando múltiplos tubos mais próximos uns dos outros. As partículas aceleradas nestes minúsculos aparelhos podem vir a ser usadas para tratamentos clínicos direcionados e que podem substituir terapêuticas mais agressivas, como radioterapia. Tomáš Chlouba, autor principal do estudo, conta que “a aplicação de sonho é colocar este acelerador de partículas na ponta de um endoscópio para ser possível administrar radioterapia diretamente na área afetada do organismo”, embora admita que ainda estamos muito longe deste cenário.


Exame Informática | O acelerador de partículas mais pequeno do mundo cabe no topo de uma moeda (visao.pt)


Comentários

Notícias mais vistas:

Diarreia legislativa

© DR  As mais de 150 alterações ao Código do Trabalho, no âmbito da Agenda para o Trabalho Digno, foram aprovadas esta sexta-feira pelo Parlamento, em votação final. O texto global apenas contou com os votos favoráveis da maioria absoluta socialista. PCP, BE e IL votaram contra, PSD, Chega, Livre e PAN abstiveram-se. Esta diarréia legislativa não só "passaram ao lado da concertação Social", como também "terão um profundo impacto negativo na competitividade das empresas nacionais, caso venham a ser implementadas Patrões vão falar com Marcelo para travar Agenda para o Trabalho Digno (dinheirovivo.pt)

Putin admite que defesas aéreas russas abateram avião da Azerbaijan Airlines em 2024

    Os destroços do Embraer 190 da Azerbaijan Airlines jazem no chão perto do aeroporto de Aktau, 25 de dezembro de 2024  -    Direitos de autor    AP Photo Direitos de autor AP Photo O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se em Aktau, a 25 de dezembro de 2024, durante um voo de Baku para Grozny. PUBLICIDADE O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu na quinta-feira que as defesas aéreas da Rússia foram responsáveis pelo abate de um avião de passageiros do Azerbaijão em dezembro, que matou 38 pessoas, na sua primeira admissão pública de culpa pelo acidente. Putin fez a declaração durante um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, em Dushanbe, capital do Tajiquistão, onde ambos participam numa cimeira regional, e prometeu pagar uma indemnização às pessoas afetadas. O avião de passageiros da Azerbaijan Airlines despenhou-se a 25 de dezembro de 2024 em Aktau, no Cazaquistão, quando fazia a ligação entre Baku e Grozny,...

Bruxelas obriga governo a acabar com os descontos no ISP

 Comissão Europeia recomendou o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis. “Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos”, afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou esta quinta-feira a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa. O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido “o único reparo” que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP. O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido "ajusta...